Resumo

Título do Artigo

A INFLUÊNCIA DAS ABORDAGENS ESTRATÉGICAS FRENTE AO AMBIENTE FINANCEIRO NO PERÍODO DA PANDEMIA DA COVID-19: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DAS MPEs DE ARACAJU
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Autores

Nome
1 - Juliana Alves Campos
Universidade Federal de Sergipe - São Crstóvão Responsável pela submissão
2 - LUDMILLA MEYER MONTENEGRO
UFS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - PROPADM - Programa de Pós-Graduação em Administração
3 - Rosangela Sarmento Silva
Universidade Federal de Sergipe - Universidade Federal de Sergipe
4 - FLORENCE CAVALCANTI HEBER PEDREIRA DE FREITAS
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Reumo

O ambiente financeiro que existe atualmente é misto, ou seja, formado por bancos tradicionais, as startups fintechs, e os usuários que utilizam os serviços e produtos oferecidos por essas instituições. Para analisar o ambiente financeiro nessa fase de isolamento social, a teoria da contingência estrutural se mostra uma lente teórica apropriada, visto que considera fatores contingenciais externos, tais como escassez de recursos, alterações climáticas e pandemias (caso da covid-19) como elementos relevantes para a gestão da organização, levando em consideração sua falta de previsibilidade.
Atentando para o cenário de inovação tecnológica na área das finanças e para o período de pandemia imposto pela covid-19, urge a necessidade de compreender como a MPE age no atual ambiente financeiro de meios de pagamento. As abordagens estratégicas, visão, emergência, agilidade, experimentação, tecnologias digitais e a persistência lhes são úteis nesse momento? O artigo traz como objetivo compreender as abordagens estratégicas, validadas no estudo de Dall’agnol e Verschoore (2019), frente ao ambiente financeiro no período da Covid-19, sob a ótica da teoria da contingência e das MPEs.
Donaldson (1999) considera que o ambiente organizacional é formado por um conjunto de fatores denominados por ele como “contingenciais”, que devem ser levados em consideração pela organização para que esta atinja o nível de “organização ótima”. No que tange à gestão estratégica, o que parece mais se adequar à realidade das MPEs é o conceito de Estratégias Emergentes, defendido por Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2010), e difundido amplamente nos trabalhos sobre estratégia. Estratégia Emergente é, “essencialmente, uma ‘estratégia não planejada’ (MARIOTTO, 2003, p. 79).
Esta pesquisa se caracteriza como exploratória de natureza qualitativa, obtida por meio de entrevistas em profundidade, baseadas em um roteiro semiestruturado com questões abertas, realizadas com seis micro e pequenos empresários do ramo alimentício de certos bairros de Aracaju. É qualitativa porque se buscou uma aproximação do fenômeno pesquisado de forma interpretativa, com o intuito de compreender a percepção dos informantes-chave acerca do fenômeno estudado. As entrevistas ocorreram na fase da pandemia onde somente as empresas de produtos e serviços essenciais estavam funcionando.
As evidências da pesquisa indicaram que há a uma relação válida entre quatro dos seis construtos propostos por Dall’agnol e Verschoore (2019) e as MPEs. Os construtos emergência, agilidade, experimentação e tecnologias digitais foram consideradas de suma importância para o período de pandemia, de acordo com os entrevistados. O construto visão não demonstrou uma relação válida, e o construto persistência seria melhor aproveitada se fosse substituída por capital social.
Como contribuição, o trabalho expande o uso das abordagens do estudo de Dall’agnol e Verschoore (2019) para o âmbito das MPEs, com certas adequações. Além disso, fortalece a base teórica do campo de gestão estratégica, no sentido analisar o fenômeno sob a ótica de uma pesquisa empírica baseada em informações fornecidas pelos proprietários de MPE atuantes em comunidades da cidade de Aracaju. Outro ponto relevante foi compreender tais abordagens no período da covid-19, analisando a influência de fatores contingenciais externos, como escassez de recursos, fatores climáticos e pandemias.
DALL’AGNOL, A. P.; VERSCHOORE, J. R. As Características das Abordagens Estratégicas Adotadas pelas Fintechs Brasileiras para Competir na Indústria de Meios Eletrônicos de Pagamentos. Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios. Florianópolis, v.12, n. 1, jan./abr. 2019. DONALDSON, L. In.Handbook de Estudos Organizacionais: Modelos de Análise e novas questões em Estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas, 1999. DRAZIN, R.; VAN DE VEN, A. H. “Alternative formsof fit in contingency theory”, Administrative Science Quarterly, vol. 30 n. 4, p. 514-539, 1985.