Resumo

O consumidor está atento em como a empresa adapta-se em relação ao meio ambiente e cria práticas mais sustentáveis, reinventa seus processos, reutiliza recursos e incentiva seus stakeholders adotarem uma nova postura em preservação e consumo, pensando por meio de uma forma consciente. Portanto, painéis fotovoltaicos surgem como opção de gerar energia com recurso inesgotável (PHILIPPI; REIS, 2016). Ademais, o Brasil têm muito potencial às energias renováveis (PEREIRA et al., 2006; CALDAS, 2015), e a previsão é que entre 2006 e 2030, a produção de energia elétrica aumente em 77% (MORAIS, 2015).

Problema: Qual é a aceitação de mercado e uso de painéis fotovoltaicos para pequenas empresas situadas no interior do estado de São Paulo? Objetivos específicos: a. Estudar fatores que influenciam o comportamento de compra e consumo do mercado B2B; b. Analisar quais as principais áreas responsáveis pela implantação dos painéis fotovoltaicos nas empresas; c. Entender se a sustentabilidade foi vista como um ponto estratégico para a instalação dos painéis solares; d. Analisar qual é o comportamento de compra e consumo de pequenas empresas, perante a instalação e uso de painéis fotovoltaicos.

Donaire (2016) alega que algumas empresas demonstram que é possível ter atitudes que contribuam com o meio ambiente, sem aumentar os custos e as vezes até, reduzindo-o, por meio de materiais recicláveis, reaproveitar resíduos, utilizar tecnologias limpas, etc. Com recursos naturais escassos, cobrança por produtos sustentáveis vem desde os produtores, até o consumidor final. O padrão de exigência passa a ir além somente da qualidade do produto, mas abrange também procedência da fabricação, tempo para degradação, reposição da matéria prima ao ambiente, incluindo uso energia limpa e renováveis.

Para este estudo, foi utilizado o método de pesquisa de campo, com aplicação de roteiro para extrair as respostas necessárias para o estudo. Foi aplicada e elaborada plataforma online SurveyMonkey em 10 empresas de pequeno porte, em agosto e setembro (2019), onde em outubro foi realizada a extração e análise dos dados e dos resultados obtidos. Esse tipo de pesquisa, de acordo com Gil (1999, p. 72) “procuram muito mais aprofundamento das questões propostas do que na distribuição das características da população segundo determinadas variáveis”. Amostra por julgamento, interior de São Paulo.

O custo-benefício para aquisição dos painéis fotovoltaicos é essencial, e em 70% dos casos pesquisados, a contratação dos painéis fotovoltaicos melhora e influência na imagem dos stakeholders de forma positiva e 20% sofrem pouca influência. O tema pesquisado é inédito e possui uma importância para entender mais clientes B2B para esse tipo de demanda. Também é possível analisar que 80% das empresas participantes consideram a instalação dos painéis fotovoltaicos uma vantagem competitiva, onde 60% das empresas estão completamente satisfeitas, e 40% satisfeitas, após a instalação do equipamentos.

Baseado nos resultados obtidos, pode-se inferir que o principal fator levado em consideração é a economia financeira, analisando principalmente o custo benefício envolvido na contratação dos painéis fotovoltaicos. Com a pesquisa, também pode-se identificar a influência da indicação, comercial ou pessoal, na contratação dos painéis, obtendo um índice de 30%, o mesmo percentual das pessoas que obtiveram conhecimento via internet. Um dos resultados obtidos, também mostra que em 70% dos casos, a contratação dos painéis fotovoltaicos influencia positivamente na sua imagem para com stakeholders.

DONAIRE, D. Gestão Ambiental na Empresa. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2014. HARTMAN, P.; APAOLAZA-IBÁ~NEZ, V. Consumer attitude and purchase intention toward green energy brands: the roles of psychological benefits and environmental Concern., v 65, n. 9, p. 1254-1263, 2012. HERBES, C.; RAMME, I. Online marketing of green electricity in GermanyContent analysis of providers websites. v 66, p. 257-266, 2014. LINDGREEN, A. et al. Value in business and industrial marketing: Past, present, and future, v 41, n. 1, p. 207-214, 2012.