Resumo

Título do Artigo

TELETRABALHO DURANTE A PANDEMIA: A EXPERIÊNCIA DO CORPO TÉCNICO DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC
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Tema

Gestão de Pessoas e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - ANA LUIZA LEITE
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC - ESAG Responsável pela submissão
2 - Dannyela da Cunha Lemos
-

Reumo

Com a intensificação do isolamento devido a pandemia gerada pela Covid-19, organizações tiveram que reinventar o modo como vinham trabalhando. Considerando as incertezas do ambiente, as organizações foram compelidas a adotar práticas mais flexíveis, sejam elas estratégicas ou operacionais, para responder rapidamente às novas demandas (DA SILVA, 2014). Pouco se sabe dos desafios e resultados do teletrabalho em situações de desastre (DONNELLY; THOMSON, 2015), embora espere-se que seja melhor em organizações com experiência em arranjos de trabalho flexíveis (ILLEGEMS; VERBEKE; S’JEGERS, 2001).
Pôde-se inferir que para a grande maioria dos servidores técnicos da UDESC, o teletrabalho foi uma mudança ocorrida de forma repentina, sem preparação ou experiência prévia (ILLEGEMS; VERBEKE; S’JEGERS, 2001). Nessa esteira, a presente pesquisa busca analisar a experiência de teletrabalho, durante a pandemia, da Universidade do Estado de Santa Catarina, ao que tange os cargos técnicos administrativos.
O teletrabalho pode ser definido como sendo um trabalho remunerado a partir de casa, ou de qualquer outra estação de trabalho fora do local de trabalho da organização por pelo menos um dia (ILLEGEMS; VERBEKE, 2004). Então, as características do teletrabalho podem ser detalhadas em relação: ao local de trabalho e à periodicidade de teletrabalho (integral ou parcial). No que tange as diferentes possibilidades de localização do trabalho, destaca-se o home office ou home-based work: que pode ser definido como local de trabalho na casa do profissional (AGUILERA et al., 2016).
A presente pesquisa classifica-se como um estudo de caso (YIN, 2001) na Universidade do Estado de Santa Catarina, com abordagem quali-quantitativa. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário, criado com auxílio da coordenadoria de recursos humanos da UDESC, para disponibilização aos técnicos universitários que tiveram que realizar o teletrabalho integral devido à necessidade de isolamento social. As questões foram desenvolvidas com base no referencial teórico, sendo em sua maioria, de respostas fechadas, com apenas cinco questões discursivas.
Por meio da representatividade de 26,93% dos técnicos universitários da UDESC, sendo 202 respostas em um universo de 750 técnicos, foi percebido que a maioria dos servidores tem avaliado a experiência atual de trabalho remoto de forma satisfatória ou muito satisfatória (73,7%). Contudo, 40 servidores têm avaliado de forma regular, enquanto, 13 servidores não têm avaliado positivamente essa experiência. Em suma, embora as diversas limitações identificadas, os servidores tem solicitado a continuidade da modalidade laboral após a pandemia.
Os principais benefícios profissionais identificados para um pouco menos da metade dos servidores foram: a melhoria na satisfação profissional, o aumento de produtividade e a motivação. Destaca-se que se identificou melhoria na qualidade de vida para a maioria dos servidores. Em nível pessoal, as dificuldades mais encontradas foram o isolamento social (em parte explicado pela situação da pandemia), distração com atividades domésticas e aumento de custos.
ABDULLAH, H.; ISMAIL, N. Quality of work and life balance in teleworking. International Business Management, v. 6, n. 2, p. 119-130, 2012. ANSONG, E.; BOATENG, R. Organizational adoption of telecommuting: Evidence from a developing country. The Electronic Journal of Information Systems in Developing Countries, v. 84, n. 1, p. e12008, 2018. COLLINS, A. M.; HISLOP, D.; CARTWRIGHT, S. Social support in the workplace between teleworkers, office?based colleagues and supervisors. New Technology, Work and Employment, v. 31, n. 2, p. 161-175, 2016.