1 - SILVANIA DA ROCHA MEDEIROS VILA NOVA Unisinos - Universidade do Vale dos Sinos - Escola de Gestão e Negócios - Programa de Pós-Graduação em Administração
Responsável pela submissão
2 - andrea burmeister morais hermes Unisinos - Universidade do Vale dos Sinos - Escola de Gestão e Negócios
Reumo
As empresas estão enfrentando desafios cada vez mais complexos em suas trajetórias nos mercados, necessitando construir competências celeremente para enfrentar concorrentes ágeis e preparados na disputa pela preferência dos clientes e, ao mesmo tempo, ajustar suas estratégias, estruturas e comportamentos aos novos padrões e diretrizes associados com a sustentabilidade. Mesmo sendo uma fonte de inovação, a sustentabilidade ainda não se faz presente com a mesma força no meio empresarial, especialmente em um país como o Brasil, que oscila entre o avanço e a recessão de sua situação econômica.
Dados da PINTEC (IBGE, 2016) mostram que existem distâncias expressivas entre as percepções empresariais sobre a importância da inovação para a sustentabilidade e as medidas efetivamente implementadas pelas empresas, uma realidade que coloca o país em uma posição desfavorável no concorrido mercado internacional. Assim, o presente estudo partiu da seguinte questão de pesquisa: Quais os fatores determinantes do desempenho sustentável organizacional? A partir desta questão de pesquisa, foi definido o seguinte objetivo: Identificar fatores determinantes do desempenho sustentável organizacional.
A sustentabilidade surge como um contraponto ao uso desmedido de novas tecnologias e seus potenciais malefícios (Carson, 1962). Evolui para uma concepção de mundo (Brundtland, 1987) e, passa a perseguir a padronização do comportamento humano em face de objetivos harmoniosos entre crescimento econômico, consciência ambiental e responsabilidade social (Elkington, 1997). No cenário corporativo, a sustentabilidade surge no esforço organizacional para inserir nas suas estratégias e operações as diretrizes sustentáveis, alcançando todos os atores impactados por seus produtos, processos e serviços.
Esta pesquisa teve caráter exploratório, com abordagem qualitativa (Bardin, 2016). Foi realizado um levantamento bibliográfico, seguido por uma revisão da literatura selecionada. Posteriormente foram lançadas proposições e um modelo de pesquisa. Em termos de levantamento bibliográfico, inicialmente, foi realizada uma busca geral na base internacional de publicações científicas SCOPUS (Elsevier), utilizando-se o termo (ALL (“sustainable performance”)), sendo identificados 3.358 documentos. Em seguida, procedeu-se a uma busca específica, utilizando-se o termo (TITLE (“sustainable performance”)).
As empresas podem incrementar seu desempenho sustentável e competitivo ao desenvolverem uma cultura organizacional que seja orientada para o mercado, de forma a se manter alinhada às necessidades dos clientes, antecipando-se às demandas futuras. De forma integrada a esta orientação, as empresas necessitam aperfeiçoar seu potencial para gerar inovações. Adicionalmente, as empresas necessitam desenvolver suas capacidades dinâmicas, tornando-se aptas a reconfigurar seus recursos rapidamente, mantendo-se em sintonia com as abruptas mudanças que ocorrem no ambiente de negócios.
As realidades associadas com a sustentabilidade requerem maior atenção das empresas com suas estratégias, de forma a combinar o desenvolvimento de competências para reconfigurar seus recursos e articular suas capacidades organizacionais para gerar inovações com suas habilidades para monitorar o mercado, entender os problemas enfrentados pelos clientes e as necessidades latentes para, a partir de sólido diagnóstico do ambiente de negócios e de suas potencialidades, delinear estratégias que propiciem desenvolver soluções integradas com as diretrizes do desenvolvimento sustentável.
Barbieri, J.C. (2016). Gestão ambiental empresarial
Biermann, F. (2015). World environment organization
Brundtland, G.H., Khalid, M., Agnelli, S., Al-Athel, S., & Chidzero, B. (1987). Our common future
Elkington, J. (1997). Cannibals with forks: The triple bottom line of twenty-first century business
IBGE. (2016). Pesquisa de inovação 2014
Kohli, A. K., & Jaworski, B. J. (1990). Market orientation
Sachs, I. (2015). Entering the anthropocene: the twofold challenge of climate change and poverty eradication
Teece, D.J., Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management