Resumo

Título do Artigo

AVALIAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS E COLABORATIVAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE ALIMENTOS ORGÂNICOS
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Tema

Operações sustentáveis e Economia Circular

Autores

Nome
1 - Rafael Antunes de Freitas
Pontifícia Universidade Católica - PUC-Rio - Administração
2 - Davi Freire de Souza
-
3 - Marcos Cohen
Pontificia Universidade Católica - Rio - Responsável pela submissão

Reumo

Nos últimos anos, o crescente número de produtores e canais de comercialização permitiram que os alimentos orgânicos alcançassem maior número de consumidores, mas persistem muitos desafios,sobretudo para pequenos e médios produtores e comerciantes, como a dificuldade em ofertar uma grande variedade dos produtos com qualidade, quantidade e periodicidade necessárias e exigidas pelas grandes redes varejistas e consumidores em geral e os custos de produção e comercialização.
Que estratégias colaborativas e competitivas são utilizadas por pequenos e médios produtores de alimentos orgânicos para superar as barreiras e aproveitar as oportunidade do ambiente competitivo? Os objetivos dessa pesquisa são: 1-identificar as principais estratégias competitivas e colaborativas dos microempreendedores e pequenas empresas dessas cadeias de suprimento; e 2-avaliar qualitativamente a contribuição dessas estratégias para seu desempenho.
Dias, Labegalini e Csillag (2011) identificaram a presença de diversas características nas cadeias de suprimentos verdes e sustentáveis: reciclagem plano de remanufatura e recuperação de produtos e logística reversa. Kottila e Ronni (2008) analisaram 2 cadeias orgânicos e concluíram que qualidade da comunicação é relevante no crescimento da confiança e da colaboração. Para evitar conflitos na cadeia de alimentos orgânicos, Silva (2019) cita estratégias colaborativas que ajudam na distribuição e na logística dos alimentos orgânicos. Uma delas é a formação de parcerias entre os agricultores.
Este trabalho é um sumário de uma pesquisa descritiva e qualitativa PIBIC que se iniciou em 2019, e que teve como base pesquisa PIBIC de 2017/2018. Devido à COVID -19, à impossibilidade de pesquisa presencial e da dificuldade em contatar os produtores, muito ocupados durante a pandemia, decidiu-se realizar 5 estudos de casos: Sítio A Boa Terra (SP); Ecobio (RS); Orgânicos Três Picos (RJ); Sitio do Moinho (RJ) e Vale das Palmeiras Orgânicos por terem mais informações disponíveis na Internet Foram analisados 1 questionário respondido e 1 transcrição de entrevistas da pesquisa PIBIC inicial.
Todos os 5 proprietários estão bastante comprometidos com os valores sustentáveis da produção e alimentação orgânica. Há uma tendência do uso de canais virtuais para venda, para reduzir custos e aproximar mais os clientes da marca. O uso de pontos de venda de terceiros acontece para todos os casos menos um. Qualidade e variedade dos produtos são estratégias competitivas valorizadas por todos os cinco negócios. As parcerias entre produtores locais estão presentes em quatro casos, que precisam aumentar sua oferta. Estas parcerias são construídas ao longo do tempo e muito baseadas na confiança.
Os 5 negócios atuam há tempos no mercado e têm alta reputação junto aos consumidores, tendo superado as dificuldades da crise da COVID-19, pois realizam suas vendas pela internet e entregam direto na casa do cliente. A sustentabilidade e estratégias competitivas e colaborativas, podem estar juntas em diferentes organizações contribuindo para o negócio, atribuindo valor, princípios e consequentemente qualidade no produto e no atendimento. O setor de orgânicos não é um mercado fácil de se trabalhar, mas tendo conhecimento, cooperação e confiança nos parceiros, se pode atingir os objetivos.
DIAS, S.L.F.G; LABEGALINI, L.; CSILLAG, J.M. Sustentabilidade e Cadeia de Suprimentos: uma perspectiva comparada de publicações nacionais e internacionais. Produção, v. 22, n. 3, p. 517-533, maio/ago, 2011. KOTTILA, M-R.; RONNI, P. Collaboration and trust in two organic food chains. British Food Journal. Vol. 110 No. 4/5, 2008, pp. 376-394. SILVA, A. S. Uma Análise da Cadeia Produtiva e Canais de Comercialização de Alimentos Orgânicos. Monografia de Bacharelado. Instituto de Economia, UFRJ. Abril de 2019;