Resumo

Ao longo dos anos observou-se o crescimento das ações de Responsabilidade Social Corporativa (RSC), existindo uma tendência mundial em investir em empresas classificadas como socialmente responsáveis (GISBERT; LUNARDI, 2012). A RSC diz respeito ao investimento da empresa em relação às questões socioambientais, funcionando como resposta a pressões externas (HASAN; HABIB, 2017). A divulgação de RSC difere entre as fases do ciclo de vida e com as expectativas das partes interessadas, assim, os investimentos realizados variam de acordo com os diferentes estágios de vida (ZHAO; XIAO, 2019).

Considerando a importância que as temáticas de RSC e ciclo de vida têm no ambiente empresarial, surge a pergunta norteadora deste estudo: Qual a influência do ciclo de vida organizacional no desempenho em Responsabilidade Social Corporativa de empresas brasileiras? Os diferentes estágios de vida de uma empresa estão associados com recursos financeiros diferentes, o que pode moldar a capacidade de investimento em RSC (HASAN; HABIB, 2017). Destarte, o estudo tem como objetivo investigar a influência do ciclo de vida organizacional na Responsabilidade Social Corporativa de empresas brasileiras.

Considerando a importância que as temáticas de RSC e ciclo de vida têm no ambiente empresarial, surge a pergunta norteadora deste estudo: Qual a influência do ciclo de vida organizacional no desempenho em Responsabilidade Social Corporativa de empresas brasileiras? Os diferentes estágios de vida de uma empresa estão associados com recursos financeiros diferentes, o que pode moldar a capacidade de investimento em RSC (HASAN; HABIB, 2017). Destarte, o estudo tem como objetivo investigar a influência do ciclo de vida organizacional na Responsabilidade Social Corporativa de empresas brasileiras.

A população de estudo consiste em todas as empresas listadas na B3 (377 companhias). A amostra, totalizando 99 empresas no período de 2014 a 2018. Para a análise dos dados fez-se uso da estatística descritiva dos dados de RSC, ciclo de vida, tamanho da empresa e desempenho. O estudo tem como variável dependente a Responsabilidade Social Corporativa medida pela métrica do CSRHub. Para a construção da variável independente ciclo de vida organizacional, considerou-se o modelo de Dickinson (2011). Os modelos foram estimados pelo método dos Mínimos Quadrados Ordinários (OLS).

Ao analisar a influência do ciclo de vida organizacional na Responsabilidade Social Corporativa, o estudo denotou como significante somente o estágio de vida turbulência, que corresponde a empresas que se encontram por um período de dificuldade, apresentando significância negativa, podendo inferir que esse estágio influencia negativamente para que as organizações busquem investir em ações de RSC. Enquanto os estágios de introdução, crescimento, maturidade e declínio não foram estatisticamente significantes.

A partir da análise da influência do ciclo de vida organizacional na Responsabilidade Social Corporativa foi possível compreender que o estágio de vida organizacional pode intervir de alguma forma para realização de investimentos específicos, como o desenvolvimento social responsável. Desta forma, contribuindo para maiores avanços e direcionamentos que possibilitam o acionista tomar melhores decisões, que em regra, almejam conhecer melhor os mercados para realizar investimentos mais vantajosos.

GISBERT, A.; LUNARDI, V. The evolution of CSR across listed brazilian firms. REPeC, v. 6, n. 1, p. 81–99, 2012. HASAN, M. M.; HABIB, A. Corporate life cycle, organizational financial resources and corporate social responsibility. Journal of Contemporary Accounting and Economics, v. 13, n. 1, p. 20–36, 2017. ZHAO, T.; XIAO, X. The impact of corporate social responsibility on financial constraints: Does the life cycle stage of a firm matter? International Review of Economics and Finance, v. 63, p. 76–93, 2019.