Resumo

Este estudo parte do fato de que as organizações em um novo contexto de negócios precisam compartilhar o entendimento de que deve haver um objetivo comum, e no conflito entre o desenvolvimento econômico e a responsabilidade ambiental, tanto para o presente como para as gerações futuras. O mundo nesta década, é claro, é marcado por uma economia global com menos petróleo e restrições às emissões de gases de efeito estufa. Costumam exigir grandes investimentos para fazer frente a esse tipo de eventos e, principalmente, contra as inevitáveis mudanças climáticas globais

O objetivo da pesquisa, foi baseado nos resultados de uma pesquisa empírica realizada pelo método Grounded Theory, com a utilização de um modelo proposto que, além de elucidar o estágio de sustentabilidade da organização analisada, contribuirá para o desenvolvimento socioambiental do mapeamento dos diferentes setores econômicos do universo empresarial brasileiro. O modelo ajuda a estabelecer estratégias de negócios para resolver problemas relacionadas ao impacto das mudanças climáticas nas atividades empresariais.

O cenário mundial é estigmatizado por uma economia mundial com pouco petróleo, com restrições às emissões de gases de efeito estufa e grande demanda por investimentos para fazer frente aos impactos das mudanças climáticas. Os países em desenvolvimento, neste contexto de evolução, poderiam implementar projetos de MDL que contribuam para a sustentabilidade global. Isso levaria a uma redução e captura significativas das emissões de gases de efeito estufa, resultando em Reduções Certificadas de Emissões (RCE).

A base deste trabalho foram os dados da pesquisa empírica que foi realizada ao longo do ano de 2019, e foram obtidos sob uma perspectiva indutiva. Neste estudo, foi utilizado o método da “teoria fundamentada” (Glaser e Strauss, 1967), que é uma forma de pesquisa qualitativa que busca gerar novas teorias por meio de conceitos, categorias e propriedades. A ênfase deste método está no aprendizado a partir dos dados (interativos e indutivos gerados pela pesquisa empírica, e não a partir de uma visão teórica existente (dedutiva). Além disso, foi utilizada a base conceitual a partir da base teórica.

Para o desenho da arquitetura de dados ambientais, buscou-se analisar as respostas de 458 empresas que responderam à pesquisa (42% das respostas em relação ao total de 1.150 empresas pré-selecionadas), o que nos permitiu estabelecer um entendimento sobre o estágio de sustentabilidade em que se encontram as organizações da economia nacional. Analisando os dados primários coletados, ficou evidente que 65,7% das empresas da amostra que responderam ao questionário são indústrias, seguidas das empresas de serviços com 21,6% e, ainda, 12,7% das empresas comerciais.

O modelo de arquitetura de dados ambientais proposto, como referência sistêmica, reflete o estágio de sustentabilidade em que se encontram as organizações dos diversos segmentos econômicos do mundo empresarial brasileiro. A aplicação deste modelo nas empresas do país pode apoiar o processo de capacitação em projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

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