Resumo

Durante muito tempo, os indivíduos acreditavam que os recursos naturais eram infinitos e sua disponibilidade para utilização pelo ser humano seria possível a qualquer momento. A Conferência das Nações Unidas, no ano de 1972, associou o significado de sustentabilidade ao conceito de desenvolvimento sustentável (Brunacci & Philippi, 2014). Com isso, surgem modelos que abordam a sustentabilidade e sua relação com questões econômicas, ambientais, sociais,culturais, espaciais, entre outras; sendo possível implantá-los em diferentes áreas de atuação.

Aprofundar os estudos sobre os modelos que englobam a sustentabilidade, tendo como objetivo caracterizar a produção científica sobre a sustentabilidade com abordagem dos modelos propostos por John Elkington, Ignacy Sachs e Amartya Sen.

Compreendendo a importância de diversos fatores que influenciam na composição da sustentabilidade, alguns elementos se destacam na literatura e são abordados por autores fazendo parte de modelos sustentáveis. Esses modelos servem de base para aplicações nos governos e nas organizações, de forma geral, atuando no desenvolvimento da sociedade como um todo. Dentre os modelos propostos mais conhecidos estão: Triple Bottom Line, apresentado por John Elkington, o modelo de Sachs e o modelo de Sen.

A presente pesquisa caracteriza-se como revisão sistemática, na qual De-La-Torre-Ugarte-Guanilo, Takahashi e Bertolozzi (2011, p. 1261) apresentam sua definição como sendo "uma metodologia rigorosa proposta para: identificar os estudos sobre um tema em questão, aplicando métodos explícitos e sistematizados de busca; avaliar a qualidade e validade desses estudos, assim como sua aplicabilidade". Este estudo classifica-se como descritivo e de natureza do método quantitativa.

Foram apresentados os modelos de sustentabilidade propostos por John Elkington, Ignacy Sachs e Amartya Sen. Diante do exposto, o modelo do Triple Bottom Line destaca-se pela quantidade de publicações em comparação aos outros modelos. Contudo, observa-se uma evolução nos anos de 2014 a 2018 em comparação aos anos de 2009 a 2013, o que pode ser o início de mais estudos abordando o tema.

Este estudo foi de suma importância, pois apresentou a caracterização dos artigos publicados sobre a sustentabilidade com abordagem para modelos propostos, sendo uma revisão sistemática do tema e que servirá de base para estudos futuros. Para pesquisas futuras recomenda-se uma revisão sistemática que abranja todos os artigos publicados em outras línguas, como também uma avaliação de outras plataformas e comparações entre publicações na língua portuguesa e língua estrangeira.

BRUNACCI, A.; PHILIPPI JÚNIOR, A. A dimensão humana do desenvolvimento sustentável. In: PHILIPPI JÚNIOR, A.; PELICIONI, M. C. F. (Org.). Educação Ambiental e Sustentabilidade. São Paulo: Manole, 2014, p. 307-333. ELKINGTON, J. Sustentabilidade, canibais com garfo e faca. São Paulo. M. Books do Brasil Editora Ltda.. 2012. SACHS, I. Estratégias de transição para do século XXI – desenvolvimento e meio ambiente. São Paulo: Studio Nobel – Fundação para o desenvolvimento administrativo, 1993. SEN, A. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.