Resumo

Título do Artigo

AS CIDADES INTELIGENTES E A GESTÃO DO TRÂNSITO: PROPOSIÇÕES PARA A MITIGAÇÃO DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO
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Tema

Cidades Sustentáveis e Inteligentes

Autores

Nome
1 - Lara Kamila Silva Pinheiro
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - Ciências Econômicas Responsável pela submissão
2 - Gabriella Zanoto Botton
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - ESAN- Escola de Administração e Negócios
3 - Emanuelle Teixeira Vida
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Eficiência Energética e Sustentabilidade
4 - Alexandre Meira de Vasconcelos
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - Faeng
5 - José Carlos de Jesus Lopes
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - Escola de Administração e Negócios - ESAN

Reumo

Para Vasconcellos, Carvalho e Pereira (2011), com o advento da urbanidade, os sistemas de dinamismo e mobilidade urbana passam a operar com baixa qualidade e altos custos. Diante disso, surge o conceito de Cidades Inteligentes, com o objetivo de lidar e mitigar as situações-problemas geradas por essa rápida urbanização e crescimento populacional, como fornecimento de energia, gestão de resíduos e transporte (mobilidade), através da maior eficiência na utilização de recursos (CALVILLO; SÁNCHEZ-MIRALLES; VILLAR, 2016).
Diante desse quadro, emerge uma questão importante para os aglomerados urbanos: Como tornar o controle do trânsito das cidades mais inteligentes, incorporando inovações para aumentar a sustentabilidade, segurança e gerando informações para apoio à tomada de decisão do poder público municipal? É dentro deste contexto que se declara o objetivo geral deste Artigo, que é propor ferramentas tecnológicas inerentes às Cidades Inteligentes, doravante implementadas com auxílio de uma boa gestão pública municipal, com vistas à redução dos acidentes de trânsito.
Schlingensiepen (2015) observa uma pré-condição para um sistema de transporte inteligente é a adoção de um sistema de decisão automatizado, ajustado para controlar estes elementos de influência. O principal problema ao implementar este tipo de sistema é o constante fornecimento de uma boa base de decisão para os mecanismos. A melhor base para decisões é saber o estado atual do sistema geral. Tendo isso em vista, o estudo realizado por Kostakos (2013), as Cidades Inteligentes detêm grande potencial tecnológico para prover uma boa gestão pública municipal dos fluxos de trânsito urbano.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica aplicada (MARCONI; LAKATOS, 2018) ao mundo real dos órgãos públicos responsáveis pela gestão do trânsito, em escalas nacional, regional e local. Foram coletados dados secundários, por meio de solicitação formal ao Detran-MS. Neles incluem a quantidade de acidentes de 2010 a 2019, com a descrição da natureza do acidente (colisão, atropelamento, engavetamento), sua tipologia (com ou sem vítimas, fatais ou não). Estatísticas descritivas (GIL, 2017) destes dados são apresentadas para dar uma noção da evolução e relevância dos acidentes.
Dentre as ameaças apresentadas ao trânsito de Campo Grande (MS), teve-se a “falta de técnicos de nível superior nos quadros de carreira da AGETRAN (MS), prejudicando a continuidade dos projetos relacionados ao trânsito e ao transporte” (DIOGRANDE, 2015, p.75), assim como também é evidenciado “Deficiência de equipamentos - veículos, computadores, softwares - para a realização das atividades-fim da AGETRAN” (DIOGRANDE, 2015, p.75), fatores estes que dificultaram o processo de atendimento e a fluidez do tráfego locomotivo eficiente nas vias em estudo.
Ao longo da pesquisa, pôde-se considerar que a dinâmica do trânsito da cidade de Campo Grande (MS) apresentou como necessidade emergente a ampliação e formatação dos sistemas de sinalização, por conta da alta taxa de acidentes. Como tal problemática abre espaço para busca de novos meios de solução e/ou melhora nas condições e funcionalidades dos espaços de infraestruturas urbanas. A solvência de tais problemas apoiando-se nas TIC dentro das premissas das Cidades Sustentáveis e Inteligentes, ganham ênfase.
ANGELIDOU, Margarita. Smart cities: A conjuncture of four forces. Cities, [s.l.], v. 47, p.95-106, set. 2015. UNITED NATIONS HUMAN SETTLEMENTS PROGRAMME (UN-HABITAT). Planning Sustainable Cities: global report on human settlements. Disponível em: . Acesso em: set. 2020. VIDA, Emanuelle; JESUS-LOPES, José Carlos de. Cidades Inteligentes e Sustentáveis: Uma análise sistemática da produção científica recente. Anais... XX ENGEMA. Universidade de São Paulo (USP/SP). São Paulo, 2018.