Resumo

Título do Artigo

MODA SUSTENTÁVEL: desafios e barreiras para o avanço da economia circular
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Tema

Operações sustentáveis e Economia Circular

Autores

Nome
1 - Simone Sehnem
Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC - Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL Responsável pela submissão
2 - Leonice Troiani
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3 - Luciano Castro de Carvalho
FURB - Universidade Regional de Blumenau -
4 - Vinícius Picanço Rodrigues
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Reumo

O setor têxtil é considerado um dos setores mais poluentes da sociedade. Gasta elevados volumes de agua e produz rejeitos altamente contaminantes do solo e da água. Para gerar uma transformação nos produtos de valor agregado oriundos da cadeia produtiva têxtil, o setor educacional ocupa um papel estratégico. Neste artigo validamos proposições teóricas acerca do ensino de boas práticas de sustentabilidade e de economia circular. Os pressupostos teóricos que suportaram este estudo são economia circular e moda sustentável.
Problemas: Os Cursos de Design de Moda ensinam práticas de sustentabilidade e economia circular? Os cursos de Design de Moda formam pessoas conscientes e adotantes de práticas de moda sustentável? Os cursos de Design de Moda estimulam a fabricação de coleções de moda sustentável? Validar proposições teóricas acerca do ensino de boas práticas de sustentabilidade e de economia circular.
Moda sustentável é um conceito associado a repensar a lógica selvagem de consumo no segmento de moda (Henninger et al., 2016). Está associada ao movimento slow fashion (Legere & Cang, 2020). Surgiu na década de 1960, especialmente associado a consciência das pessoas sobre os impactos ambientais negativos da produção de coleções de moda (Jung, & Jin, 2014). Preconiza a necessidade de uso de materiais orgânicos e ecológicos nos processos de desenvolvimento de produtos da moda (Sobreira et al., 2020).
O estudo foi realizado no Brasil. Contempla os cursos de Design de Moda em nível de graduação. Foi aplicado um questionário para docentes, professores e discentes. Proposições teóricas foram elaboradas e testadas a partir das evidências empíricas. De posse dos dados, a análise consistiu em identificação de padrões e criação de categorias analíticas pautadas nas premissas da moda sustentável, da economia circular e dos objetivos do desenvolvimento sustentável. Desse modo, o estudo segue as diretrizes de Stake (2010) e Eisenhardt (1989).
Os principais resultados evidenciam que: i) o termo ensino de boas práticas de sustentabilidade em nenhum momento é mencionado nos projetos político pedagógicos dos cursos analisados. Tampouco foi mencionado pelos coordenadores de curso, docentes e discente nos questionários respondidos. Todavia, ao desdobrar esse conceito para os constructos economia circular (n=4) e moda sustentável (n=15), há evidências nos documentos analisados e nos questionários respondidos de que essas práticas acontecem e são usuais nos cursos analisados.
Conclui-se que, muito embora haja a internalização de práticas de sustentabilidade e de economia circular, ainda é preciso evoluir para um estágio de maturidade superior no tipo de práticas disseminadas e na ênfase em práticas associada ao core da economia circular. Práticas capazes de gerar uma ressignificação do setor de moda, de circular materiais e de reter valor nos recursos de modo estratégico e gerador de soluções inovadoras para o segmento de moda sustentável.
Gwilt, A. (2014). The Sustainable Fashion Handbook by Sandy Black. Fashion Practice, 6(1), 141–144. doi:10.2752/175693814x13916967095154 Reike, D., Vermeulen, W. J. V., & Witjes, S. (2018). The circular economy: New or Refurbished as CE 3.0? — Exploring Controversies in the Conceptualization of the Circular Economy through a Focus on History and Resource Value Retention Options. Resources, Conservation and Recycling, 135, 246–264. Sehnem, S.; Pereira, S. C. F.; Jabbour, C. C.; Jabbour, A. B. L. S. (2019). Improving sustainable supply chains' performance through operational excellence: cir