Resumo

Título do Artigo

ESTADO DA ARTE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA INTERNACIONAL SOBRE ECOSSISTEMAS DE INOVAÇÃO E CIDADES SUSTENTÁVEIS
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Tema

Cidades Sustentáveis e Inteligentes

Autores

Nome
1 - Monique Isabelle de Sousa Nascimento
Universidade Federal do Ceará - UFC - Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria - UFC Responsável pela submissão
2 - Henrique Pereira da Silva
Universidade Federal do Ceará - UFC - Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria - PPAC/UFC
3 - Sandra Maria dos Santos
Universidade Federal do Ceará - UFC - Universidade Federal do Ceará
4 - Augusto Cézar de Aquino Cabral
- Universidade Federal do Ceará

Reumo

Os ecossistemas de inovação assumem um papel relevante no contexto das cidades quando os esforços e o foco central do meio urbano passa a ser equilibrar o avanço das áreas urbanas e a proteção ambiental, visando o desenvolvimento de renda, emprego, serviços básicos, moradia, infraestrutura social e transporte, tendo em vista o progresso econômico, ambiental e social (HIREMATH et al., 2013). As políticas urbanas buscam integrar as questões de sustentabilidade ambiental e social, indivíduos conectados e comunidade inteligente com o desenvolvimento urbano (ZYGIARIS, 2013; SUSENO; STANDING, 2017).
A questão de pesquisa deste estudo constitui-se no seguinte questionamento: qual o estado da arte da produção científica internacional sobre ecossistemas de inovação e cidades sustentáveis? O objetivo deste estudo é investigar o estado da arte da produção científica internacional sobre ecossistemas de inovação e cidades sustentáveis.
O aceleramento do processo de urbanização impacta diretamente na sustentabilidade das cidades, pois tais circunstâncias agravam ainda mais os diversos problemas que permeiam o contexto urbano, como o aumento da pobreza, desigualdade social, poluição e comprometimento dos recursos naturais (IBRAHIM; ADAMS; EL-ZAART, 2015). Nessa conjuntura, as cidades buscam cada vez mais priorizar seus ecossistemas de inovação urbana, perpassando o caráter urbano tradicional para uma visão baseada na inovação e na sustentabilidade (ZYGIARIS, 2013; MELANE-LAVADo; ALVÁREZ-HERRANZ, 2018).
Foi realizado um estudo bibliométrico de natureza quantitativa e de abordagem descritiva e exploratória, utilizando-se como fontes de dados as bases da Scopus e da Web of Science (WoS). O estudo compreende a produção científica internacional do período de 2010 e 2019. Os seguintes termos foram buscados de forma combinada nas bases de dados: “innovation ecosystem”, “innovation system”, “green city”, “sustainable city”, “urban sustainability”, “sustainable urbanisation” e “eco city”. Com a aplicação dos critérios de seleção dos artigos, a amostra da pesquisa é composta por 14 artigos.
A análise dos dados ocorreu por meio das seguintes categorias de análise em observância aos objetivos propostos: (i) perfil de autoria e as fontes de publicação dos estudos; (ii) principais perspectivas teóricas dos estudos; (iii) fatores de inovação mais recorrentes nos estudos; e (iv) tipos de arranjos colaborativos mais recorrentes nas publicações.
A maioria dos autores pertencem ao continente europeu; não há uma perspectiva teórica predominante nos estudos e elas compreendem Data envelope analysis (DEA), Framework for analyzing a multi-level innovation system (FAMIS) entre outras; os fatores de inovação mais recorrentes são plano verde inovador para redução de CO2, gerenciamento de transporte e políticas de construção verde; e os tipos de arranjos colaborativos mais recorrentes compreendem o envolvimento e comprometimento dos cidadãos nas interações colaborativas e a colaboração entre setores público e privado para facilitar a inovação.
HIREMATH, R. B. et al. Indicator-based urban sustainability: a review. Energy for Sustainable Development, v. 17, n. 6, p. 555–563, 2013. SUSENO, Y.; STANDING, C. The systems perspective of national innovation ecosystems. Systems Research and Behavioral Science, 2017. ZYGIARIS, S. Smart city reference model: assisting planners to conceptualize the building of smart city innovation ecosystems. Journal of the Knowledge Economy, v. 4, 2013.