Resumo

Título do Artigo

Associações entre Capital Intelectual de Incubadoras de Base Tecnológica e Sustentabilidade de Empresas Incubadas Portuguesas
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Tema

Estratégia para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Maria Carolina Martins Rodrigues
Universidad de Extremadura - CinTurs universidade do Algarve Responsável pela submissão
2 - LUCIANA APARECIDA BARBIERI DA ROSA
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM - Santa Maria
3 - Waleska Yone Yamakawa Zavatti Campos
Pontifícia Universidade Católica - PUC-Rio - IAG - Business School
4 - Raul Afonso Pommer Barbosa
UNIR-UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - NUCSA - Núcleo de Ciências Sociais Aplicadas

Reumo

A sustentabilidade dos negócios converteu-se numa luta constante, não só para assegurar que as gerações futuras tenham, de modo inovador, os meios para sobreviver, mas também para satisfazer as necessidades do presente sem causar deterioração nas condições do mundo (John Elkington, 1994; Mousavi et al., 2019). Neste contexto de permanente mudança, surgem as incubadoras de empresas como motores de desenvolvimento empreendedor e, por sua vez, fundamentalmente as incubadoras de base tecnológica erguem-se como dinamizadoras do desenvolvimento local, em clara cooperação com diversos setores.
Diante disso, emerge como questão de pesquisa: quais as associações existentes entre o capital intelectual de incubadoras de base tecnológica na sustentabilidade de empresas incubadas portuguesas? Para responder a essa questão, o objetivo deste trabalho é avaliar as associações entre o capital intelectual de incubadoras de base tecnológica na sustentabilidade de empresas incubadas situadas em Portugal.
O conceito de incubadora de empresas está normalmente ligado a empresas que propiciam e criam um ambiente favorável à criação e desenvolvimento de empresas nascentes/startups e pequenas e medias empresas (PMEs) (Kiran & Bose, 2020; Saura et al., 2019). As incubadoras de empresas são mecanismos mantidos por entidades governamentais, universidades, grupos de empresários, etc. que impulsionam e ajudam a acelerar o desenvolvimento dos negócios das empresas incubadas (Dornelas, 2002).
O questionário foi enviado à totalidade do censo populacional, 103 empresas incubadas pelas 16 incubadoras de empresas do estudo qualitativo realizado previamente, situadas em Portugal. Finalizamos o trabalho de campo com 82 questionários válidos, respondidos por diretores ou gerentes das incubadas, o que pressupõe uns 80% da população objeto de estudo. Aplicou-se um modelo de equações estruturais, com base na técnica de Partial Least Squares (PLS).
No que se refere às relações causais levantadas no estudo, deve-se destacar que o capital intelectual da empresa incubadora efetivamente apresenta uma relação direta e positiva com a capacidade inovadora, a satisfação e a sustentabilidade da empresa incubada. Por sua vez, a capacidade inovadora da empresa incubada tem impacto direto e positivo na própria sustentabilidade. Além disso, tanto a sustentabilidade da empresa incubada, quanto seus níveis de satisfação com a empresa incubada, têm impacto positivo e direto no seu sucesso competitivo.
Todas essas conclusões têm implicações para a gestão das empresas incubadas. É evidente que quanto maior for o esforço de melhoria do capital humano, capital estrutural e capital relacional das empresas incubadoras, melhores serão os resultados que irão alcançar na sua função primordial, que é apoiar as empresas start-up para que desenvolver-se de forma sustentável e competir no mercado com garantias de sucesso. Assim, todos os esforços que possam ser feitos desde as Administrações Públicas e da gestão das empresas incubadas para o reforço do seu capital intelectual serão positivos.
Mousavi, S., Bossink, B., & van Vliet, M. (2019). Microfoundations of companies’ dynamic capabilities for environmentally sustainable innovation: Case study insights from high-tech innovation in science-based companies. Business Strategy and the Environment, 28(2), 366–387. Kiran, R., & Bose, S. C. (2020). Stimulating business incubation performance: role of networking, university linkage and facilities. Technology Analysis and Strategic Management, 1–15.