Resumo

Título do Artigo

EDUCAR PARA A CIDADANIA FINANCEIRA: trajetória de um grupo de estudos
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Tema

Educação e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - MARIA DO SOCORRO SILVA MESQUITA
Universidade Federal do Ceará - UFC - FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE Responsável pela submissão
2 - Helena Mara Oliveira Lima
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) - Ciências Contábeis
3 - Adriana Barbosa de Sousa Nunes
Universidade Federal do Ceará - UFC - FEAAC
4 - ROGEANE MORAIS RIBEIRO
UNIVERSIDADE VALE DO ITAJAI UNIVALI - Universidade Vale do Itajai

Reumo

A transição de uma sociedade de produtores para sociedade de consumidores, reforça a ideia de que o valor do ser humano se dá pelo potencial de consumo. Neste âmbito, as instituições púbicas e privadas podem contribuir de maneira significativa para educar os consumidores financeiramente, considerando que as suas decisões podem afetar a economia e a capacidade de investimento dos países. O conhecimento de teorias e princípios ligados a Educação Financeira são a base de um comportamento necessário para a construção de uma sociedade menos consumista, com menor nível de endividamento.
Baseando-se nessa perspectiva, surge o seguinte questionamento: como as metodologias inovadoras e criativas podem influencia na formação de jovens pesquisadores? Assim, para se ter uma melhor compreensão sobre o assunto, o presente artigo tem como objetivo discorrer sobre os itinerários construídos na formação de jovens pesquisadores do Programa de Iniciação Científica (PROIC), de uma Instituição de Ensino Superior, em particular dos integrantes do Grupo de Estudos em Consumo Consciente e Educação Financeira, composto por discentes e docentes dos cursos de Administração e Direito.
Os estudos foram desenvolvidos na perspectiva de Thompson (1992, p. 81), para quem “projeto em grupo é ao mesmo tempo pesquisa e ensino, inexplicavelmente mesclado, em consequência do que ambos acabam sendo feitos com mais eficiência”, compreendendo saberes e práticas interdisciplinares, encorajando reflexões sobre as problemáticas associadas ao consumo, sinalizando a importância de educar os indivíduos em relação aos padrões e condutas que determinam suas escolhas, visto que “ a prática de pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo” (FREIRE, 1978, p. 65).
Quanto ao suporte teórico-metodológico, adotou-se uma abordagem qualitativa, por considerar os jovens pesquisadores parte integrante do processo de conhecimento, “ centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais” (GERHARDT; SILVEIRA, 2009), permitindo readequações no percurso investigativo, caso se fizesse necessário. A estratégia de pesquisa, contempla o tipo de pesquisa-ação participante.
Para favorecer e levar ao êxito a aprendizagem dos conteúdos abordados, desde o início das atividades do grupo de estudos, os discentes foram conduzidos a descobrir novas maneiras de refletir, de gerar conhecimento e estabelecer um nexo com a realidade social. A equipe realizou um trabalho de mapeamento de reportagens, de textos e vídeos educativos com vista a desenvolver a criticidade e ter compromisso com as questões apresentadas no cotidiano. Realizou-se em parceira com o DECON/PROCON uma intervenção educativa destinada aos idosos como estratégia de controle financeiro.
Uma formação com base na pesquisa, atende as necessidades dos estudantes, constituindo-se em um dos maiores desafios para a atividade docente, bem como, se reveste em uma das maiores responsabilidades para as IES. Desenvolver a autonomia do aluno, proporciona não só que eles se sobressaiam nos conteúdos definidos nas diretrizes curriculares dos cursos, mas, também, em experiências que os orientem para as suas vidas pessoal, profissional e social. Utilizando ainda, informações essenciais e inovadoras, para transformar o contexto econômico, social e ambiental em que os discentes estão inseridos.
BAUMAN, Zygmunt. Consumismo versus consumo. In:___.Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. p. 37-69. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB, 2013. 72 p. FREIRE, Paulo. Alfabetização de adultos: é um fazer neutro?. Educação e Sociedade. S. Paulo, n. 1 set. 1978. MACKE, J. A pesquisa-ação como estratégia de pesquisa participativa. In: GODOI, K. C.; BANDEIRA-DE-MELO, R.; SILVA, B. A. PESQUISA QUALITATIVA EM ESTUDOS.