1 - Liliane Betti Radaeli Centro Universitário Hermínio Ometto - FHO Uniararas - Centro Universitário da Fundação Hermínio Ometto
Responsável pela submissão
2 - Ketry Fernanda Gomes Fundação Herminio Ometto - Centro Universitário da Fundação Herminio Ometto
3 - Jirlane de Jesus Santos Centro Universitário Hermínio Ometto - FHO Uniararas - FHO
4 - CARLOS EDUARDO CARNELOSSI Centro Universitário Hermínio Ometto - FHO Uniararas - CIÊNCIAS CONTÁBEIS
5 - Silas Ferreira Reis de Oliveira UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Aplicadas
Reumo
A Vale S.A é a maior mineradora do Brasil e líder na produção de minério de ferro e pelotas. Embora o setor de mineração tenha uma parcela significativa na economia brasileira por meio da geração de riqueza e do crescimento econômico, os locais onde estão instaladas as atividades extrativas de mineração são os que mais sofrem os impactos socioeconômicos e ambientais negativos (FERNANDES; ALAMINO; ARAUJO, 2014).
O presente trabalho tem por objetivo descrever as diferenças do impacto econômico-financeiro sofrido pela empresa Vale S.A, após o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, por meio da análise dos indicadores econômico-financeiros. A hipótese levantada sugere a possibilidade de que o segundo desastre provocaria um maior impacto financeiro que o primeiro, baseando-se no estudo de Magness (2008).
O estudo visa apresentar elementos teóricos conceituais e de trabalhos anteriores que são necessários para o embasamento teórico da pesquisa, sendo estruturado com os seguintes tópicos: Impacto Financeiro de Desastres Ambientais que visa descrever os principais resultados de estudos anteriores sobre o rompimento da barragem de Mariana e Brumadinho; Indicadores Financeiros que apresenta o conceito e cálculo para a operação dos índices que serão utilizados na pesquisa.
O estudo foi desenvolvido de forma descritiva, através de pesquisa quantitativa, coletando dados contábeis e financeiros da empresa Vale S.A por meio dos demonstrativos financeiros disponibilizados na Bolsa de Valores B3, no período 2010 até 2019.
Nos anos que ocorreram os desastres, 2015 e 2019, a empresa apresentou aumento no índice de participação de capital de terceiro e diminuição nos índices de Liquidez, Margem liquida e Rentabilidade do patrimônio líquido. Nesse período, a empresa apresentou prejuízo líquido no resultado do exercício.
Como conclusão, analisando os índices de Endividamento, Liquidez e Rentabilidade, não foi possível validar a hipótese de que o segundo desastre teria um maior impacto nas contas financeiras da empresa, em razão do primeiro desastre não ter sido reconhecido nas demonstrações contábeis. Entretanto, no segundo desastre a empresa apresentou resultados negativos nos índices de Giro do ativo e Rentabilidade do patrimônio líquido e ainda aumento na composição de endividamento e participação de capital de terceiros, todos em decorrência da provisão de passivos contingentes evidenciados, permitindo-se
FERNANDES, B. et al. Análise das demonstrações contábeis da Vale S.A.: o antes e depois do acidente ocorrido na Samarco em 2015. In: XIX ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE (ENGEMA), 2017, São Paulo.
MAGNESS, Vanessa. Who are the Stakeholders Now? An Empirical Examination of the Mitchell, Agle, and Wood Theory of Stakeholder Salience. Journal Of Business Ethics, [s.l.], v. 83, n. 2, p. 177-192, 2008. Springer Science and Business Media LLC. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1007/s10551-007-9610-2. Acesso em: 01 abr. 2020.