Resumo

Título do Artigo

A GERAÇÃO DE MICROCLIMAS A PARTIR DA RELAÇÃO ENTRE AMBIÊNCIA URBANA E VEGETAÇÃO
Abrir Arquivo

Tema

Cidades Sustentáveis e Inteligentes

Autores

Nome
1 - Ana Elisa Moraes Souto
-
2 - Vanessa De Conto
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM - UFSM - Campus Cachoeira do Sul Responsável pela submissão

Reumo

A importância da vegetação no espaço urbano tem sido enfatizada de várias maneiras, tanto do ponto de vista estético, ambiental quanto social (RIVELINI & GOMES, 2017). Os dados apresentados neste trabalho referem-se a cidade de Porto Alegre, localizada no estado do Rio Grande do Sul. Além disso, tal pesquisa se alinha aos objetivos do desenvolvimento sustentável previstos na agenda 2030 da ONU, uma vez que o correto planejamento do paisagismo urbano faz com que as cidades sejam energeticamente mais eficientes e sustentáveis.
Esse estudo objetiva analisar o desempenho ambiental de espécies arbóreas de dois recintos urbanos da cidade de Porto Alegre.
A árvore é a forma vegetal mais característica da paisagem urbana, à qual incorpora-se uma estreita relação com a arquitetura ao longo da história. Considerada hoje mais na sua condição de ser vivo do que objeto de uma composição paisagística, contribui para obter uma ambiência urbana agradável. No entanto, em recintos urbanos altos e estreitos perdem-se as funções ambientais da arborização urbana. Nesse cenário, a vegetação urbana, árvores de grande e médio porte, são capazes de fornecer sombra e conforto térmico a população, protegendo-os da insolação.
A pesquisa foi aplicada em dois recintos da cidade de Porto Alegre durante os anos de 2018 e 2019. A rua Duque de Caxias, caracterizada por apresentar gabarito de vias estreitas, densamente ocupada por prédios altos e Praça Júlio de Aragão Bozano, região que abriga prédios que variam de três a quatro pavimentos. Para melhor entendimento do efeito da vegetação, seu porte e gabarito das edificações utilizou-se o software de modelagem tridimensional sketchup. Desse modo foi possível a simulação do ambiente urbano e as respectivas análises.
A utilização de folhagens pouco densas, que proporcionam um bloqueio da quantidade de luz natural de até 20% em relação a quantidade de luz de dia disponível na abóbada celeste desobstruída, foi considerada favorável na situação de inverno para a latitude de Porto Alegre. O emprego deste tipo de vegetação pode reduzir o ofuscamento do usuário ao se deslocar entre ambientes internos e externos, ou vice-versa, criando zonas de transição com diferentes intensidades de sombra.
Um recurso eficiente contra o calor nas cidades tropicais e subtropicais úmidas é o uso de vegetação, a qual, além de fornecer sombreamento, permite a passagem da brisa local e absorve de maneira eficaz a radiação térmica de onda longa sobre suas folhas refrescadas pela evaporação. A arborização substitui com vantagem qualquer sistema de sombreamento, inclusive nos climas úmidos apesar de aumentar a temperatura úmida do recinto urbano e a necessidade de ventilar os ambientes. Os aspectos energéticos, econômicos, culturais e ambientais devem formar parte dos critérios de escolha da vegetação.
BARBIRATO, G.M.; TORRES, S. C.; SOUZA, L.C. S. Procel Edifica. Clima Urbano e Eficiência Energética nas Edificações. Rio de Janeiro: Procel, 2011. MASCARÓ, L. E. A. R; MARCARÓ, J. L. Vegetação urbana. Porto Alegre: UFRS, 2010. MASCARÓ, L.; MASCARÓ, J. Ambiência Urbana. Porto Alegre, 2009. ONUBR. Organização das Nações Unidas no Brasil. Transformando nosso mundo: a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. 2016. Disponível Acesso: 11 out. 202