No Brasil no ano de 2018 a TTE (Taxa de Empreendedorismo Total) registrada foi de 38%, ou seja, em cada cinco brasileiros, dois atuavam como empreendedor. Estima-se que 52 milhões de brasileiros estivessem executando alguma atividade empreendedora (GEM, 2018).
Com o crescimento do número de mulheres empreendedoras, surgiram alguns desafios a serem enfrentados. Segundo Alperstedt, Ferreira e Serafim (2014), a falta de credibilidade dos clientes, fornecedores e funcionários com relação a atividades nomeadas como masculinas, é uma das dificuldades enfrentadas pelas empreendedoras.
Com o crescimento do número de mulheres empreendedoras, surgiram alguns desafios a serem enfrentados. Segundo Alperstedt, Ferreira e Serafim (2014), a falta de credibilidade dos clientes, fornecedores e funcionários com relação a atividades nomeadas como masculinas, é uma das dificuldades enfrentadas pelas empreendedoras.
O perfil empresarial no Brasil demonstra que em questão de gênero, os homens estão na frente 18,5% (Empreendedores novos) e 23,3% (já estabelecidos). Já as mulheres são 17,3% (Empreendedores novos) e 17,2% (já estabelecidos). Essa diferença tem sido recorrente há alguns anos (GEM, 2018).
Em pesquisa realizada por Silva, Mainardes & Lasso (2016) destacou-se que as mulheres estão geralmente começando seus negócios sozinhas e se arriscando mais, porém elas têm tido dificuldade na obtenção de empréstimos. Por conta disso, priorizam a utilização de fonte própria de recursos.
O método utilizado na pesquisa é a exploratória com caráter qualitativo. O objeto deste estudo é caracterizado por mulheres microempreendedoras da cidade de Araras/SP. A amostra inicial era composta por 22 microempreendedoras, porém, devido a pandemia, 6 delas desistiram e cancelaram sua participação. Dessa forma, a amostra final contemplou 16 microempreendedoras. A coleta de dados foi realizada utilizando-se de um questionário estruturado com 23 perguntas. As entrevistas aconteceram entre Julho e Setembro de 2020. As análises dos dados foram feitas por meio da técnica de Análise de Conteúdo.
Quando questionadas sobre possíveis dificuldades com a relação trabalho–família, 62% afirmaram que sim, passam ou passaram por alguns conflitos com a relação isso. Em sua maioria se trata de conflito quanto a horário, desde que muitas têm horário para sair de casa, mas não tem horário para chegar. Além de trabalhos realizados durante fins de semanas em casa, tendo dificuldade em dividir seu tempo entre a vida pessoal e profissional. A entrevistada 15 diz: “Eu saio de manhã e [...] tem dia que consigo chegar mais cedo, tem dia que não. Então eu tenho conflito com fazer minhas coisas.
Este artigo teve por objetivo identificar os desafios que microempreendedoras poderiam elencar durante suas respectivas empreitadas em seus negócios. A gestão e a organização do tempo têm grande influência no mundo dos negócios e apesar de 94% das mulheres não terem tido planejamento para iniciar sua jornada como empreendedora. O principal obstáculo foi a quarentena no país o que impossibilitou que as entrevistas fossem feitas presencialmente. Para pesquisas futuras, sugere-se que estudos como esse sejam realizados ou replicados em outras regiões do Brasil.
GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR. Empreendedorismo no Brasil, Relatório Executivo 2018. Curitiba: IBQP, 2018.
MACHADO, P. H. V.; GUEDES, A.; GAZOLA, S. Determinantes e Dificuldades de Crescimento para Mulheres Empreendedoras. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 11, n. 1, p. 85–99, 2017.
MACHADO, F. B. Dilemas de Mulheres Empreendedoras em Empresas Inovadoras Nascentes. In: Anais do Encontro da ANPAD. 36, Rio de Janeiro, 2012.
MOREIRA, T. M. Empreendedorismo feminino, maternidade e conflito trabalho-família. 2018. Disponível em: