Resumo

Título do Artigo

INFLUÊNCIA DOS STAKEHOLDERS NO DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES COLABORATIVAS PARA A SUSTENTABILIDADE
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Tema

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Autores

Nome
1 - Monique Pinto Dantas
Universidade Federal da Paraíba -
2 - Juliana Vasconcelos da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - UFPB - Universidade Federal da Paraíba
3 - Cláudia Fabiana Gohr
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - UFPB - Centro de Tecnologia
4 - Ivan Bolis
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - UFPB - Departamento de Psicologia Responsável pela submissão
5 - Sandra Naomi Morioka
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - UFPB - Departamento de Engenharia de Produção

Reumo

A fim de alcançar diversos objetivos e vantagens, as empresas têm entendido que colaborar com outras organizações pode ser uma fonte de vantagem competitiva. O sucesso dessa colaboração vai depender de capacidades colaborativas desenvolvidas entre as empresas e seus stakeholders com elas envolvidos (DYER & KALE, 2007). Há escassez, entretanto, de pesquisas empíricas sobre o papel desempenhado por diversos stakeholders sobre as fontes de capacidades colaborativas para a sustentabilidade e o impacto dessas capacidades no desenvolvimento de rendas relacionais (GONÇALVES, 2018).
O objetivo deste trabalho é explorar a contribuição e o engajamento de stakeholders no desenvolvimento de capacidades colaborativas para a sustentabilidade (CCSs). O engajamento de stakeholders é definido como a habilidade da empresa em estabelecer relações colaborativas com uma grande variedade de stakeholders (SHARMA; VREDENBURG, 1998).
A presente pesquisa converge os constructos de capacidades colaborativas para sustentabilidade e engajamento dos stakeholders. O primeiro considera atributos e subatributos dos CCS (GONÇALVES, 2018), desenvolvidos considerando as rendas relacionais (CZAKON, 2009), a visão relacional (DYER & SINGH, 1998) e a visão baseada em recursos naturais (HART, 1995), O segundo constructo evidencia a colaboração entre empresa e seus stakeholders para atingir objetivos sustentáveis (NIESTEN ET AL., 2017).
Foi realizado um estudo de caso em uma empresa que atua no setor cimenteiro e em seus principais stakeholders a fim de verificar o papel desses no desenvolvimento de CCS, considerando os fatores desenvolvidos por Gonçalves (2018) e os aspectos relacionados ao engajamento dos stakeholder propostos por Friedman e Miles (2006).
Por meio de entrevistas com gestores em uma indústria cerâmica, buscou-se identificar o grau de influência de diversos stakeholders no desenvolvimento de CCSs através de atribuição de valores em uma escala de influência para diversas CCSs. Os resultados sugerem que os stakeholders ocupam diferentes níveis de influência no desenvolvimento de CCSs mas, em geral, seu poder de influência aumenta à medida em que aumenta seu poder de decisão na empresa. Isso permitiu discutir três modalidades em que os stakeholders podem desenvolver CCs: participação, consulta e parcerias.
Duas contribuições teóricas podem ser mencionadas. Primeiro, não foram encontrados, na literatura revisada, nenhum trabalho que analisasse de que forma os stakeholders influenciam nas decisões relacionadas ao desenvolvimento de CCS, sendo esta uma das maiores contribuições da pesquisa. Segundo, o modelo de análise representado pela Figura 1 (seção de metodologia) também representa outra contribuição de pesquisa. Dois construtos diferentes (CCS e influência de stakeholders) foram diretamente relacionados. Dessa forma, futuras pesquisas podem utilizar as mesmas categorias de pesquisa apresentada
DYER, J. H.; KALE, P. Dynamic Capabilities. In: Relational Capabilities: Drivers and Implications. Singapore: Blackwell Publishing Ltd, 2007. p. 160. FRIEDMAN, A. L.; MILES, S. Stakeolders: Theory and Practice. [s.l: s.n.]. GONÇALVES, J. M. S. Proposição de um framework para avaliar a capacidade colaborativa para sustentabilidade em empresas operando em redes. Universidade Federal da Paraíba, 2018. SHARMA, S.; VREDENBURG, H. Proactive corporate environmental strategy and the development of competitively valuable organizational capabilities. Strategic Management Journal, v. 19, n. 8, p. 729–