Resumo

É importante salientar a região amazônica, que é impactada pelas calamidades específicas como assoreamento, terras caídas, enchentes e queimadas. Com isso, o primeiro trimestre de 2014 foi marcado pelo fenômeno de que distintos afluentes na Bacia amazônica exibiram níveis atípicos. Dentre os rios, destaca-se o Madeira no município de Porto Velho/RO, que chegou ao ápice de 19,74 metros, entrando no percentual de emergência deliberada pelos órgãos públicos (FRANCA, 2015).

O objetivo geral é compreender um modelo de gestão da inovação para a sustentabilidade ideal para o enfrentamento preventivo de riscos naturais. Para obtenção dos resultados consideram-se como objetivos específicos caracterizar os principais riscos naturais incidentes no Estado de Rondônia, com ênfase no fenômeno de “terras caídas" (erosão fluvial) nas margens do Rio Madeira (1); analisar a relação dos impactos dos riscos naturais com o desenvolvimento urbano no Estado de Rondônia (2); e propor a inovação para a sustentabilidade requerida para a o enfrentamento preventivo de riscos naturais.

O mundo está repleto de grandes desafios, situações marcadas por instabilidade política, volatilidade econômica e agitação social, com destaque para problemas globais de mudanças climáticas e esgotamento de recursos naturais (GEORGE et al., 2016). Estudos evidenciam inúmeros impactos socioambientais e sociais das terras caídas, em especial para a população de ribeirinhos, processo que vem se intensificando nas últimas décadas (FREITAS; ALBUQUERQUE, 2012).

A técnica de análise de conteúdo é uma observação direta extensiva, que permite a descrição sistemática, objetiva e quantitativa do conteúdo da comunicação (LAKATOS; MARCONI, 2017). Os documentos analisados são do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia sob uma ótica dos marcos para redução de riscos de desastres com a finalidade de construir uma matriz SWOT e um modelo com a ferramenta Design Thinking.

Levantamento em CEDEC (2014) aponta que o número de famílias atingidas diretamente nos municípios e localidades monitoradas pela Defesa Civil chegou a 6.032 (seis mil e trinta e duas), entre desalojadas e desabrigadas, mas o número chegou a afetar indiretamente 42% da população total do Estado de Rondônia. Diante deste comparativo é possível auferir que dentre os riscos encontrados no Estado de Rondônia, a inundação e o assoreamento são os mais comuns e sofrem influência direta de fatores externo como derretimento das regiões andinas, e o aumento da pluviosidade nas regiões da Bolívia e Peru.

Desta forma, tomando-se as medidas esperadas pela Organização das Nações Unidas, Rondônia, frente às consequências já outrora sofridas, deve empreender medidas de gestão, inovando dentro da perspectiva governamental, por meio da propositura de projetos de desenvolvimento sustentável. Para tanto, deve buscar parcerias juntos às Universidades, principalmente nos programas de Pesquisas já em andamento.

FRANCA, R. R. da. Eventos pluviais extremos na Amazônia meridional: riscos e impactos em Rondônia. Tese de Doutorado em Geografia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, 186 p. 2015. FREITAS, F. T. DE; ALBUQUERQUE, A. R. Análise Temporal Sobre As “Terras Caídas” No Médio Solimões/Coari (Am). Revista Mercator, v. 11, n. 25, p. 129–140, 2012. GEORGE, G. et al. Understanding And Tackling Societal Grand Challenges Through Management Research. Academy of Management Journal, v. 59, n. 6, p. 1880–1895, 2016.