Resumo

As organizações atuam como grandes poluidores, para amenizar os danos causados, estas desenvolverem a gestão ambiental, com o objetivo de promover o Desenvolvimento Sustentável, ou seja, aquele que atenda às necessidades das gerações presente sem comprometer as gerações futuras. Para não comprometer o desenvolvimento econômico, o processo de reciclagem mostra-se ótima resposta. O trabalho é um estudo de caso múltiplo embasado por entrevistas semiestruturadas, observação não-participante e análise documental. Assim, servirá como meio de conscientização para o desenvolvimento sustentável.

Este estudo tem como questão de pesquisa: Como ocorre o envolvimento da Reciclagem do Óleo para o Desenvolvimento Sustentável? Por meio dela, foi possível traçar o objetivo de investigar o envolvimento da reciclagem do óleo para o Desenvolvimento Sustentável.

O óleo de cozinha após utilizado, se enquadra como resíduos sólidos urbano. Estima-se que seja produzido aproximadamente 3 bilhões de litros de resíduos de óleos comestíveis por ano no Brasil. O resíduo pode ser reciclado e se transformar em diversos produtos, como derivados do sabão, biodiesel e até ração para animais. São muitos os stakeholders que interagem para que seja realizado a atividade comercial de qualquer empresa, inclusive as de reciclagem, além destes, a situação sanitária do ambiente a qual a organização se encontra tem poder determinante em suas atividades e desempenho.

Quanto a abordagem, o citado estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, utilizando-se do método de estudo de caso múltiplo. Foram investigadas três empresas filiais de uma rede de empresas do ramo de reciclagem de resíduos de óleo de cozinha atuantes na região Nordeste do Brasil, sendo que para este estudo foram nomeadas como filial A, B e C. Para a coleta de dados usou-se as entrevistas, por meio de um roteiro de entrevistas, e os respondentes foram os gerentes de cada filial (stakeholders). Usou para análise das informações a triangulação: entrevistas, observação, documentos.

Sobre a gestão ambiental, foi perceptível que dois entrevistados tiveram dificuldade em se expressar, o que demonstra que o conceito ainda é pouco conhecido. Quanto à proteção do meio ambiente, cada filial contribui com a coleta e destinação correta do resíduo, sobre esta, identificou-se que o interesse no descarte correto surge da conscientização e das vantagens. Ainda, quanto à adaptação na pandemia da COVID-19, observou-se que as filiais A e B, foram mais afetadas economicamente.

Constatou-se, que a empresa estudada ainda passa por um autoconhecimento do potencial de intervenção social e ambiental que detém. Referente à adaptação ao contexto de pandemia, conclui-se que nenhuma das filiais conseguiram desenvolver um plano de ação que interferisse na queda do fornecimento do resíduo. Já à influência dos stakeholders, o entrevistado afirma que “não influencia não. Aqui nós não temos muito essa questão não” (E2). Embora, Santos et al. (2019) destaca que os stakeholders desenvolvem papéis importantes para que a empresa seja bem-sucedida.

BARBIERI, J. C.; SILVA, D. da. Desenvolvimento sustentável e educação ambiental: uma trajetória comum com muitos desafios. Revista de Administração Mackenzie, v. 12, n. 3, Edição Especial, 2011. LAZARO, L. L. B.; GREMAUD, A. P.; Contribuição para o desenvolvimento sustentável dos projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo na América Latina. Organização & Sociedade, v. 24, n. 80, p. 53-72, 2017. WILDNER, L. B. A.; HILLIG, C. Reciclagem de óleo comestível e fabricação de sabão como instrumentos de educação ambiental. REGETA, v. 5, n. 5, p. 813-824, 2012.