Resumo

Título do Artigo

INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL EM PERÍODOS DE CRISE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
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Tema

Inovação Sustentável e Marketing

Autores

Nome
1 - Fernanda Edileuza Riccomini
Universidade Nove de Julho Uninove - Barra Funda
2 - Donizete Ferreira Beck
Universidade Nove de Julho - Programa de Pós-Graduação em Administração Responsável pela submissão
3 - Eliane Martins de Paiva
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - UFPB - Administração
4 - Tainá Alves dos Santos
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5 - Cristiane Drebes Pedron
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Reumo

Uma pandemia pode levar as empresas à crise, gerando a necessidade de reflexão sobre os impactos de suas atividades econômicas (ambiente externo) e sobre as mudanças da dinâmica de interação entre as pessoas em várias áreas (ambiente interno). Considerada negativa e impopular nos estudos organizacionais, a crise é um fenômeno que abala o desenvolvimento e/ou as dinâmicas de um sistema. Para sobreviverem, as empresas precisam se adequar a novos padrões socioculturais relacionados aos funcionários e suas práticas de trabalho.
Como um desastre mundial, a crise da Covid-19 está afetando profundamente o desenvolvimento da economia global e ameaçando a sobrevivência das empresas em todo o mundo. Com o objetivo de investigar as inovações organizacionais decorrentes de eventos críticos, esta pesquisa procurou responder “quais são os tipos de inovações organizacionais decorrentes de períodos de crises?”. Por isso, foi feita uma revisão sistemática da literatura que permitiu explorar a literatura e mapear os conhecimentos relacionado ao tema, fornecendo evidências para informar políticas e práticas na área de gestão.
As crises ameaçam os objetivos das organizações, modificam suas estruturas, seus processos, seus relacionamentos e a forma que elas interpretam o mundo (Weick, 1988). Porém, podem ser uma oportunidade para o desenvolvimento de construtos abordados nas teorias da administração como o aprendizado organizacional (Kim, 1998; Seeger et al., 2005), o desenvolvimento das capacidades dinâmicas (Kim, 1998), a atividade baseada no custo (Kaplan & Porter, 2011) e a cooperação entre os atores do ecossistema (Seeger et al., 2005).
Foi feita uma revisão sistemática da literatura que oportunizou explorar a literatura e mapear o corpo atual de conhecimentos relacionado ao tema, fornecendo evidências para informar políticas e práticas na área de gestão (Yang, Shen, & Ho, 2009). Ao elencar os artigos para revisão sistemática, considerou-se para a triagem dos casos, o conceito de inovação organizacional do Manual de Oslo de 2005.
Foram coletados 481 artigos da base Scopus sobre inovações organizacionais que aconteceram em períodos de eventos críticos no mundo. Após 3 rodadas de análise, foram identificados 10 artigos relacionados às atividades de inovação organizacional, seguindo os conceitos estabelecidos pelos Manual de Oslo de 2005. Dentre os 10 artigos identificados, observou-se que 08 estavam direcionados às práticas de negócios, 1 às relações externas e 1 a dois tipos de atividades, ou seja, práticas de negócios e relações externas. Nenhum artigo mencionava práticas organizacionais do local de trabalho.
A contribuição teórica está na identificação de poucos trabalhos científicos relacionados à inovação organizacional e a contribuição gerencial se dá na oportunidade de gestores aprenderem com as atividades e resultados das inovações organizacionais, bem como de se prepararem na concepção de suas estratégias. Esta limitação de pesquisa, indica que estudos futuros podem analisar as inovações organizacionais in loco, através de estudos de casos ou pesquisa ação, durante ou após períodos de crise.
Kaplan, R. S., & Porter, M. E. (2011). How to solve the cost crisis in health care. Harvard Business Review, 89(9), 46-52. Kim, L. (1998). Crisis Construction and Organizational Learning: Capability Building in Catching-up at Hyundai Motor. Organization Science, 9(4), 506–521. Seeger, M. W; Robert R. Ulmer; R. R; Novak, J. M & Sellnow, T. (2005) Post-crisis discourse and organizational change, failure and renewal. Journal of Organizational Change Management, 18(1), 78-95 Weick, K. E. (1988). Enacted sensemaking in crisis situations. Journal of Management Studies, 25(4), 305-317.