Resumo

Título do Artigo

ESG: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
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Tema

Governança e Sustentabilidade em Organizações

Autores

Nome
1 - Ricardo Pereira
Universidade Federal de Santa Catarina - Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento (PPGEGC) Responsável pela submissão
2 - Beatriz Buratto Marcilio
Universidade Federal de Santa Catarina - Engenharia e Gestão do Conhecimento
3 - Mary Jerusa Guercio
Universidade Federal de Santa Catarina - Universidade Federal de Santa Catarina
4 - Tatiana Takimoto
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5 - FRANCISCO ANTONIO PEREIRA FIALHO
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Reumo

O termo ESG surgiu pela primeira vez em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2004. Desde então as organizações buscam melhores práticas ambientais, sociais e de governança para se adequarem ao conjunto de métricas e indicadores dessas áreas, visando gerar valor para acionistas e vantagem competitiva no mercado em que atuam. O que antes era avaliado apenas por posições financeiras, atualmente é considerado por outros aspectos, mormente com relação a forma como estas organizações lidam com as questões ambientais, sociais e de governança.
O ESG pode ser analisado por pelo menos duas perspectivas. Como um conjunto de práticas que visa melhor adequar as questões ambientais, sociais e de governança afetas à determinada organização. Assim, essas práticas são avaliadas por métricas e/ ou indicadores, que propiciará a geração de relatórios ESG, indicando determinado desempenho daquela organização nessas áreas. O presente trabalho investigará o estado atual do conhecimento sobre ESG, buscando tendências emergentes de estudos e identificar as principais lacunas de pesquisa que requeiram atenção para o desenvolvimento da área.
ESG pode ser caracterizado como fatores ambientais, sociais e de governança usados para medir o desempenho sustentável das empresas (TRIPATHI; BHANDARI, 2014; WATSON, 2015). Possui a governança como moderador, refletindo uma visão equilibrada de uma empresa nas áreas ambiental, social, governança e desempenho econômico ao longo do tempo (NUBER et al, 2019). Os índices ESG refletem as iniciativas das empresas que geram impacto para remediar os danos ambientais, injustiças sociais e melhorar as suas práticas de governança, seja a empresa pertencente ao Setor público ou Privado (WALTER, 2020).
Este trabalho adota como método a revisão integrativa de literatura. Esse tipo de revisão é baseada no método proposto por Whittemore; Knafl (2005), composto por cinco fases. Para responder ao problema de pesquisa, utilizou-se a equação booleana (“ESG" AND “organization*”) na base de dados Scopus, filtrando por título; resumo e palavras-chave restringindo-se a artigos e revisões na língua inglesa, sem delimitação temporal, obtendo um conjunto de 48 publicações para análise, discussão e síntese.
A análise das publicações selecionadas foi realizada com o auxílio da análise temática proposta por Braun e Clarke (2016). O intuito dessa análise foi identificar temas que respondessem à questão de pesquisa de como está o estado atual do conhecimento sobre ESG. A partir da análise dos artigos foram identificados os quatro temas apresentados a seguir: • ESG como indicador de performance organizacional; • ESG como tomada de decisão para investimentos; • ESG como investimento social e ambientalmente responsável e • ESG como prática nas organizações.
O ESG parte da premissa em que a prática e a conscientização dos tópicos relacionados às questões ambientais, sociais e de governança impactam os resultados organizacionais e alimentam um conjunto de dados apresentados aos stakeholders e analistas financeiros. Nesse contexto, as informações financeiras migrarão para uma abordagem integrada, em que o desempenho ambiental, social e econômico fará parte da avaliação da qualidade e desempenho da empresa. Os relatórios provenientes dessas informações colocam os indicadores ESG como ponto focal da cadeia de investimentos nos mercados financeiros.
NUBER, C.; VELTE, P.; HÖRISCH, J. The curvilinear and time-lagging impact of sustainability performance on financial performance: Evidence from Germany. Corporate Social Responsibility and Environmental Management, 27, 232-243, 2019. doi: 10.1002/csr.1795. WHITTEMORE, R., KNAFL, K. The integrative review: updated methodology. Journal of advanced nursing, 52(5), 546-553, 2005. WALTER, I. Sense and Nonsense in ESG Ratings. Journal of Law, Finance, and Accounting, , 5: 307–336, 2020.