Resumo

Título do Artigo

GOVERNANÇA NOS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS: A INFLUÊNCIA NA INTERAÇÃO ENTRE OS ATORES
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Tema

Governança e Sustentabilidade em Organizações

Autores

Nome
1 - Mauricio Luiz Gonçalves Martiniano
Universidade Metodista de São Paulo - Faculdade de Administração Responsável pela submissão
2 - Celso Machado Junior
- Vergueiro
3 - Felipe Venancio Silva
- Universidade Federal do ABC
4 - Vilma Aparecida Caseiro
Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas FMU - Liberdade

Reumo

A competição entre empresas propõe que as organizações que objetivem sobrevivência e longevidade no mercado adotem estratégias acuradas para fazer frente aos concorrentes. A formação de alianças e parcerias são fundamentais, com escopo de manter a empresa competitiva no mercado, de forma sustentável, rentável e, sobretudo, lucrativa. É de suma relevância aguçar o interesse acadêmico acerca do tema governança nos APLs, posto que os arranjos consistem em fator de potencialização da economia regional e brasileira e fomentam os desenvolvimentos humano, econômico, social e sustentável
o objetivo deste artigo é analisar a importância da governança nos APLs, com a função de coordenar a interação entre os atores, a fim de obter resposta para a seguinte pergunta problema: “Como ocorre a interação entre os atores e a governança dos APL?”.
Buta e Teixeira (2020) definem governança como sendo qualquer ação que resulte ou cause efeito de governabilidade. Provan e Kenis (2007) indica a existência de três modelos básicos de governanças aplicadas aos APLs, a saber: Governança Compartilhada; Organização Líder; e Organização Administrativa em Rede. Do referencial teórico pode-se extrair que o desenvolvimento e sobrevivência de um APL dependem de como é desenvolvida a coordenação entre os atores que o integram, em que pesem as peculiaridades individuais dos atores e do território em que o APL esteja vinculado.
Para a realização da pesquisa, foram escolhidos, alhures, sete APLs atuantes no estado de São Paulo. Foram entrevistados representantes de sete entidades gestoras responsáveis pelas governanças dos respectivos APLs. 15 empresas vinculadas aos APLs entrevistados também foram consultadas sobre qual visão têm acerca da governança praticada, e a interação entre os demais integrantes. As empresas consultadas foram escolhidas de forma aleatória e concordaram em participar da pesquisa.
O primeiro conjunto de APLs estudado estabelece o modelo de governança compartilhada; O segundo conjunto também utilizam o modelo de governança compartilhada. Em ambos conjuntos, a participação dos membros é ativa. O terceiro conjunto apresenta o modelo de governança Organização Líder. É baixa a participação dos integrantes. O quarto conjunto apresenta o modelo de governança Organização Adm em Rede. Neste conjunto, além da baixa participação dos atores, a falta de compromisso e a pouca confiança mútua entre os atores é bastante proeminente
A Governança Compartilhada foi identificada como a que proporciona maior interatividade entre os atores do APL, resultando em maior estímulo para participação. O modelo Organização Líder se caracterizou pela baixa participação dos membros e pela centralização das decisões, que em muitas ocasiões não refletiram o interesse de seus membros. O modelo de governança Organização Administrativa em Rede foi caracterizado pela de baixa participação e pela predominância da desconfiança. O modelo de governança adotado por um APL influencia no processo de integração e participação de seus membros.
BUTA, B. O.; TEIXEIRA, M. A. C. Governança pública em três dimensões: conceitual, mensural e democrática. Organizações & Sociedade, v. 27, n. 94, p. 370-395, 2020. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. Sa?o Paulo: Atlas, 2002. GOMIDES, J. E.; SILVA. A. C. O surgimento da expressão “governance”, governança e governança ambiental: um resgate teórico. Revista de Ciências Gerenciais, v. 13, n. 18, p. 177-194, 2009. PROVAN, K. G.; KENIS, P. Modes of network governance: structure, management and effectiveness. Journal of Public Administration Research Theory, v. 18, n. 2, 2007.