Resumo

Título do Artigo

AGENDA 2030 E AS DISPARIDADES DA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL
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Tema

Políticas Públicas para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - ROMAR BATISTA DOS SANTOS
-
2 - SIBELE VASCONCELOS DE OLIVEIRA
Universidade Federal de Santa Maria - DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS Responsável pela submissão

Reumo

O Brasil figura dentre as 10 maiores economias do mundo, mas apresenta desempenho social muito inferior quando avaliados indicadores de desenvolvimento humano. Sobretudo, as desigualdades sociais preservam particularidades históricas e têm se acentuado no país neste período mais recente. Neste sentido, é mister a reflexão sobre as dinâmicas da distribuição de renda no país face a face aos desafios da implementação da Agenda 2030.
Problema de pesquisa: Frente ao contexto de vulnerabilidade socioeconômica do Brasil contemporâneo, como tem evoluído a distribuição de renda e quais os desafios ao atendimento do ODS 10 prevista na Agenda 2030? Objetivo geral: o presente estudo visa realizar uma importante reflexão sobre as desigualdades sociais no Brasil à luz das metas da Agenda 2030.
O estudo sobre o processo histórico da composição da distribuição de renda é sempre um aspecto de fundamental importância para a medição e análise do grau de desenvolvimento dos países (LACERDA, 1994). No caso brasileiro, a análise tende a apontar as especificidades de um país latino-americano marcado pela instabilidade política, pelo caráter concentrador da posse dos fatores de produção, além do caráter plural de seus territórios, culturas e dinâmicas sociais. Por isto, debate-se com base em: EARP et al.(2003); GIAMBIAGI et al. (2011), entre outros.
Salienta-se que o estudo está fundamentado em pesquisa bibliográfica e documental. Para tanto, são explorados a literatura específica disponível, bem como dados secundários que nos permitem analisar a realidade socioeconômica brasileira. A coleta de informações sobre a temática foi realizada em sítios eletrônicos do IPEA, IBGE, entre outros. Em suma, a análise dos dados deu-se através da manipulação de instrumentos de estatística descritiva.
A despeito das conquistas socioeconômicas dos últimos anos, o Brasil tem grandes desafios ainda a serem cumpridos. No rol de problemáticas a serem superadas, mencionam-se os fenômenos da pobreza e desigualdades sociais. Apesar das políticas de redistribuição de renda adotadas serem uma forte arma para combater e amenizar as desigualdades sociais no país, ainda estamos longe de sermos país igualitário. Pelo contrário, no Brasil a renda per capita está intensificando ainda mais o abismo entre ricos pobres. Por esta razão, é urgente a realização de esforços para atendimento da Agenda 2030.
Ainda que os dados estatísticos indiquem a queda na desigualdade, é possível perceber certa concentração de renda em alguns grupos da sociedade, como entre pessoas do sexo masculino, pessoas de cor branca e pessoas do meio urbano. A partir desses resultados, conclui-se que as políticas públicas voltadas somente para a distribuição de renda não podem ser a estratégia única para reduzir a desigualdade social brasileira. Como outras ações a serem desenvolvidas com vistas ao combate às desigualdades, pode-se citar: o investimento em educação e saúde pública, gasto social norteado, entre outros,
EARP, F. S.; PRADO. C. L. O “Milagre” Brasileiro Crescimento Acelerado, Integração Internacional e Distribuição De Renda 1967-1973. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. N. (orgs), O Brasil Republicano, O tempo da ditadura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. LACERDA, C. A. Distribuição de renda no Brasil nos anos 80. Revista de Economia Política, v. 14, n.3, p.136-140, 994.