Resumo

Título do Artigo

Tecnologia Assistiva e Políticas Públicas: percepção de pessoas com ou sem deficiência auditiva no ambiente de trabalho
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Tema

Políticas Públicas para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Cláudia Aparecida Avelar Ferreira
- Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Responsável pela submissão
2 - Maraísa da Silva Soares Costa
- Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Reumo

A questão vivenciada pelas pessoas com deficiência constitui um fenômeno social (Jakovljevic, & Buckley, 2011) não compreendido em diversas sociedades, por isso, essas pessoas são excluídas (Carvalho-Freitas et al., 2017), percebidas como pessoas de má sorte (Bampi et al., 2010), párias ou aberrações e condenadas à segregação social (Kath et al., 2019, Nepomuceno et al., 2020). Para Pereira (2009) e Bampi et al. (2010) é um problema a ser debatido na sociedade, pois esse grupo excluído sofre vulnerabilidades devido à injustiça social.
Na pandemia do Covid-19, por questão de prevenção de contágio, tornou-se obrigatório o uso de máscaras nos espaços sociais (Maciel et al., 2020), ação que trouxe uma barreira comunicacional para as pessoas com determinado tipo de deficiência, como a auditiva (Souza et al., 2017), e trouxe dificuldades na prática de políticas públicas para esse grupo populacional (Maciel et al., 2020). O objetivo foi compreender como as pessoas com ou sem deficiência auditiva entendem a legislação de TA e as políticas públicas voltadas para a inclusão no trabalho durante a pandemia do Covid-19 no Brasil.
Para Jaeger (2015) a perspectiva dos direitos humanos alinha-se com os marcos legais e políticos peculiares que fomentam a igualdade e para que esses direitos sejam implementados efetivamente é preciso ter sistemas de justiça social e estruturas sociais que requeiram a igualdade baseadas nas leis e políticas. A linguagem dos direitos humanos emana justiça social e é usada para exprimir a necessidade de justiça, igualdade e respeito. A igualdade é conquistada somente pela repartição igualitária de recursos ou oportunidades devido às diversas necessidades e contextos sociais.
Foi realizada uma pesquisa qualitativa e exploratório-descritiva, por meio de estudos de caso único, com a participação de quatro empresas e de dez pessoas com e sem deficiência auditiva, em Minas Gerais. A técnica de análise foi análise de conteúdo.
A legislação foi um avanço, mas é necessário participação efetiva das empresas de forma que a inclusão seja de fato, garantindo a sustentabilidade deste grupo excluído. Os sujeitos veem as políticas públicas voltadas para acessibilidade e criticam a morosidade do Estado, além de não reconhecer como as políticas estão sendo aplicadas nas organizações.
Já os trabalhadores com deficiência falam da morosidade para ter acesso aos aparelhos auditivos e sabem que a lei determina intérprete de libras para reduzir barreiras na comunicação e inclusão no trabalho. Os trabalhadores sem deficiência em termos de legislação de TA desconhecem, somente um entrevistado no cargo de gerente de marketing e vendas tem conhecimento da legislação para pessoas com deficiências auditivas.
Carvalho-Freitas, M. N., Silva, O. A., Tette, R. P. G., & Silva, C. V. (2017). Diversidade em Contextos de Trabalho: Pluralismo Teórico e Questões Conceituais. Revista Economia & Gestão, 17(48), 174-191 Jakovljevic, M., & Buckley, S. (2011). Assistive technologies in a workplace environment: barriers for the employment of persons with disabilities. Disability, CBR & Inclusive Development, 22(2), 55-78. Kath, E., Guimarães Neto, O.C., & Buzato, M.E.K. (2019). Posthumanism and assistive technologies: on the inclusion / social exclusion of low-tech cyborgs. Trabalhos em Linguística Aplicada, 58