Resumo

Título do Artigo

GESTÃO AMBIENTAL NA PERSPECTIVA DA TEORIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO: Um estudo bibliométrico da produção científica de 1945 a 2020.
Abrir Arquivo

Tema

Gestão Ambiental

Autores

Nome
1 - Najara Escarião Agripino
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade Responsável pela submissão
2 - Lúcia Santana de Freitas
- Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade
3 - Ivã Barbosa Luciano
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade
4 - Kettrin Farias Bem Maracajá
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade

Reumo

A relação entre as teorias organizacionais aplicada ao entendimento da Gestão Ambiental e suas implicações no âmbito institucional, constitui um vasto campo para estudos dos sistemas corporativos. Para tanto, elegeu-se a Teoria dos Custos de Transações para a compreensão das bases econômicas para a abordagem dos problemas ambientais ocasionados pelas atividades produtivas. Além disso, a TCT fornece embasamento para entendimento dos riscos cambiais que induzem tanto compradores como fornecedores a elegerem dada estrutura de governança específica para ativos e práticas (ROSEN et al., 2000).
O estudo busca compreender Como a Teoria dos Custos de Transação tem sido utilizada em pesquisas sobre a Gestão Ambiental nas produções científicas? Para responder essa questão, o estudo pretende analisar o panorama de produções que tratam a Gestão Ambiental sob a perspectiva da Teoria dos Custos de Transação.
A Teoria dos Custos de Transação foi desenvolvida por Ronald Coase em 1937, porém só passou a receber maior relevância nos estudos organizacionais a partir dos trabalhos desenvolvidos por Oliver Williamson, em meados dos anos de 1970 (THIELMANN, 2013). Em termos gerais, a TCT propõe uma interpretação sobre o funcionamento das firmas e mercados, sob o enfoque das transações (WILLIAMSON, 1985). Tal teoria fornece embasamento para compreensão dos custos relacionados à Gestão Ambiental e advindos das relações entre as organizações e seus stakeholders.
Realizou-se uma pesquisa bibliométrica na base Web of Science. O processo de busca se deu a partir dos termos "transaction costs" e "environmental management" com o critério de busca booleana “AND”, considerando o intervalo de tempo entre os anos de 1945 a 2021. Para refinamento da base de dados, foram excluídos os “early access”, e selecionados apenas os artigos publicados em periódicos analisados por pares, resultando em vinte e nove artigos no idioma inglês e publicados entre os anos de 1998 a 2020. Os artigos foram analisados com apoio dos softwares VosViewer 1.6.14 e CitNet Explore 1.0.0.
No campo de estudo, Sarkis é o autor seminal. Verificou-se uma pequena concentração das publicações em três periódicos, “Ecological Economics”, “Ecosystem Services”, e “Land Use Policy”. As temáticas estão relacionadas a cadeia de suprimentos, relacionamento com agentes econômicos e política ambiental. Quanto aos países de origem dos trabalhos, se destacam Estados Unidos, Austrália, Inglaterra e China. Os artigos com maior fator de impacto foram os escritos por Franks (2011; 2013), Westerink (2017), Marshall (2013; 2020), Simpson (2007), Cruz (2009), e Sarkis (2011).
A pesquisa apontou que o campo de estudo, apesar da sua relevância ainda é relativamente pequeno, com publicação de poucos trabalhos no período de 22 anos. Nos estudos, parece haver um consenso entre os autores sobre que os custos de transações interferem na eficiência das atividades desenvolvidas pelas organizações, sendo necessário o maior entendimento desses impactos para a adoção de políticas de governança mais eficazes. Em trabalhos futuros sugere-se a realização de pesquisas em outras bases de dados, com vistas a identificar um maior número de publicações sobre as temáticas abordadas.
(BÁNKUTI; BÁNKUTI, 2014); (BRESSERS, 2013); (CAVALCANTI; AZEVEDO; PINHEIRO, 2002); (CHAPMAN, 2017); (CHAVES, et. al, 2013); (CORREIA; SANTOS; CARNIELLO, 2012); (CUNHA; SAES; MAINVILLE, 2015); (CRUZ, 2009); (DAROIT, 2006); (DINIZ; MARCONATTO, 2011); (FAUZI; ANNA, 2013); (FOWLER, 2019); (FRANCISCO, 2011); (FRANKS, 2011; 2013); (GONZÁLEZ-BENITO, GONZÁLEZ-BENITO, 2006); (GUSTAFSSON, 1998); (KOWALSKI; JENKINS, 2015); (LAPEYRE; FROGER; HRABANSKI, 2015); (LESCHINE, et. al., 2003); (WILLIAMSON, 1979; 1985, 1991; 1998); (LUBELL, et al., 2017); (MARCANTONIO, 2016); (MARSHALL, 2013; 2020); (SARKIS, 2011