Resumo

Título do Artigo

AS NOVAS NOMENCLATURAS PARA AS CONSTRUÇÕES DAS CIDADES: ABORDAGENS E ABRANGÊNCIAS CONCEITUAIS
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Tema

Cidades Sustentáveis e Inteligentes

Autores

Nome
1 - Gabriella Zanoto Botton
- ESAN- Escola de Administração e Negócios Responsável pela submissão
2 - Lara Kamila Silva Pinheiro
- Ciências Econômicas
3 - Alexandre Meira de Vasconcelos
- Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - FAENG
4 - José Carlos de Jesus Lopes
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Escola de Administração e Negócios (ESAN)

Reumo

Nas últimas décadas, verifica-se na mídia e no linguajar da comunidade científica, o surgimento de vários termos ligados aos aos modelos de construções de cidades, que enfrentam um conjunto de desafios, e envolvem interesses de diversos gestores públicos e demais partes, que buscam atingir seus objetivos materiais e imateriais, de formas objetivas e subjetivas, no curto médio e longo prazos. Daí a contínua necessidade em se pensar e analisar as cidades, abrindo a oportunidade de se construir novas racionalidades, promovendo a melhor qualidade de vida para a população.
Quais são as abordagens conceituais das terminologias, apontadas recentemente na literatura, para as modelagens das cidades contemporâneas? Sob esta perspectiva, este estudo tem como objetivo geral fazer uma revisão da literatura sobre as abordagens conceituais das novas terminologias, apontadas na literatura, para as modelagens das cidades contemporâneas. Especificamente, serão analisadas as que se evidenciou em publicações mais recentes: cidades do futuro; cidades responsáveis; cidades habitáveis; cidades criativas e cidades colaborativas.
Cidades do futuro apontam para a construção de infraestruturas verdes, qualidade de vida através do planejamento urbano estratégico, e promoção de ambientes resilientes frente à possíveis catástrofes naturais, econômicas ou sociais. Cidades responsáveis apontam para promoção da saúde alimentar e proteção ambiental, entre outras demais. As cidades habitáveis pressupõe ambientes atrativos, resilientes e sustentáveis, respeitando as particularidades de cada região. As cidades criativas estimulam a criatividade de seus stakeholders e cidade colaborativa promove a inclusão social e diversidade.
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica (GIL, 2017), com método misto de análise (MARCONI; LAKATOS, 2018), abrangendo a análise qualitativa e quantitativa de 1872 documentos, entre os anos de 2010 a 2021, utilizando apenas dados secundários. O tratamento dos dados ocorreu por análises de redes bibliométricas (CRESWELL, 2016), que receberam o suporte digital do software Iramuteq, Endnote e Parsif.al.
Com auxilio do software Iramuteq, analisou-se que classe que envolve as cidades criativas são capazes de gerar e estimular núcleos econômicos (FLORIDA, 2005). O cluster denominado governo aponta para ações voltadas ao planejamento urbano e governança, apresentando como uma continuidade a economia criativa. Já o cluster denominado desafios apontam para problemáticas a serem diluídas, como uso de recursos naturais. O cluster inovação e sustentabilidade aponta para as cidades sustentáveis e inteligentes. Enquanto o cluster metodologia, aponta para o gerenciamento da infraestrutura urbana.
Os primeiros resultados apontaram que os contemporâneos modelos de cidades, apresentam um caráter multidisciplinar, e acabam se conectando em diversos paradigmas; tendo todos um objetivo em comum, o de aprimorar a qualidade de vida de seus cidadãos, unindo esforços com seus stakeholders, dentre eles o governo, universidades, comunidade em geral e academia, a fim de promover o desenvolvimento sustentável. Espera-se que os resultados iniciais possam propor reflexões sobre as novas construções de cidades discutidas na literatura.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisa, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 8. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2018. CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 3. ed. Porto Alegre (RS): Artmed: Bookman, 2016.