Resumo

Título do Artigo

A GESTÃO DO TURISMO E DA SUSTENTABILIDADE EM FORTALEZA/CE: Um Estudo da Percepção dos Agentes Políticos e Econômicos Sobre A Av. Beira-Mar
Abrir Arquivo

Tema

Políticas Públicas para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Maione Cardoso
- UECE / CESA / Curso de Administração de Empresas Responsável pela submissão
2 - Elianai Silva da Costa
Universidade Estadual do Ceará - Campus do Itaperi
3 - Matheus Chaves Lopes
Universidade Estadual do Ceará - Itaperi/Centro de Estudos Sociais Aplicados
4 - Letícia de Sousa Ferreira
Universidade Estadual do Ceará - Campus Itaperi

Reumo

O turismo é uma das principais atividades econômicas, e nas últimas décadas, tem contribuído para o crescimento da economia nacional, mas com destaque para a região Nordeste. Logo o uso sustentável e adequado dos recursos naturais, patrimônio cultural e espacial tem sido cada vez mais necessário. E o turismo desenvolvido na Avenida Beira-mar, cartão postal de Fortaleza-CE, é lugar de geração de empregos e renda, especulação imobiliária e ações de politicas públicas. Desse modo, a pesquisa resgata a discussão quanto a sustentabilidade dessas intervenções na gestão do Turismo e sustentabilidade.
A pergunta norteadora desta pesquisa é: a gestão pública do turismo na Av. Beira-Mar de Fortaleza-CE, na percepção dos agentes político-econômicos, é sustentável? Ou seja, as políticas públicas que interveem na paisagem, criam produtos turísticos, ampliam e divulgam o espaço, da av. Beira-Mar, o fazem de modo a alcançar a sustentabilidade? O objetivo do trabalho é Identificar a percepção dos atores (turistas, gestores públicos e privados) da Avenida Beira Mar de Fortaleza-CE quanto a gestão do turismo praticado lá e sobre as ações de requalificação, infraestrutura serem ou não sustentáveis.
A sustentabilidade no turismo e a necessidade de novas formas de praticá-lo têm de levar em consideração, a comunidade local e a preservação do meio ambiente, tradições e costumes locais. As atividades devem proporcionar a geração de empregos, a qualidade de vida e a manutenção da biodiversidade, ou seja, garantir o desenvolvimento sustentável (BENI, 1999; BELLEN, 2004). E a gestão do turismo sustentável surge como um caminho para promover o desenvolvimento econômico, por meio de politicas que satisfaçam o bem comum hoje e amanhã em vias sustentáveis (SACHS; STROH,2002; MARUJO; CARVALHO,2010).
A pesquisa é um estudo de abordagem qualitativa, com base em revisão da literatura de campo. A área de estudo e de coleta de dados diretos ocorreu apenas em relação a avenida Beira-Mar de Fortaleza-CE, e a amostragem se deu de forma intencional, não probabilística, aleatória (GIL, 2008). Optamos por realizar a pesquisa de campo de forma remota, e foram aplicados questionários (google forms) por meio de mídias sociais (TripAdvisor, WhatsApp e telefone), para turistas, gestores públicos e privados (total de 34). Os dados após tratados foram analisados com estatística descritiva e de conteúdo.
A análise dos resultados ateve-se em primeiro momento a Percepção dos Agentes Públicos e Privados Sobre o Turismo Sustentável na Avenida Beira Mar de Fortaleza/CE, seguida pelas Sugestões de Melhorias e Críticas dos Gestores Públicos e Privados. Utilizou-se gráficos e nuvens de palavras para destacar a percepção dos agentes econômicos quanto ao patrimônio publico cultural material e imaterial, infraestrutura, limpeza, saneamento, iluminação, segurança e dos arredores. Muitos pontuaram a gritante relação entre pobreza e riqueza na av.Beira-Mar, além de ações insipientes de sustentabilidade..
Conclui-se que a percepção dos agentes relacionados as atividades turísticas desenvolvida no local pesquisado caminha paralelamente entre o turismo sustentável e insustentável. Ou seja, ainda não se dirige para o desenvolvimento sustentável em marcha. E a sustentabilidade presente na av. Beira-Mar é insipiente e pontual, as atividades características do turismo contribuem muito mais para as questões econômicas e sociais do que cultural e ambiental. Na qual acabam por provocar um crescimento desordenado e excludente na região, p.e., mudanças na paisagem, segregação dos mais pobres locais, etc.
BELLEN, Hans M. Van. Indicadores de sustentabilidade. Caderno EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, mar. 2004. BENI, Mário C. Política e estratégia do desenvolvimento regional. Revista Turismo em análise, v. 10, n. 1, p. 7-17, 1999. CORIOLANO, L.N. M.T.; LEITÃO, C. S.; VASCONCELOS, F. P. Sustentabilidades e insustentabilidades do turismo litorâneo. Revista de Gestão Costeira Integrada, v. 8, n. 2, 2008. MARUJO, Noémi; CARVALHO, Paulo. Turismo, planeamento e desenvolvimento sustentável. 2010. SACHS, Ignacy; STROH, P. Y. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Garamond, 2002.