Resumo

Título do Artigo

GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: UM ESTUDO NO MUNICÍPIO DE PAULISTANA - PI
Abrir Arquivo

Tema

Gestão Ambiental

Autores

Nome
1 - jefferson elias da silva
-
2 - José de Lima Albuquerque
- Departamento de Administração Responsável pela submissão
3 - Rafaela Rodrigues Lins
- Uast
4 - Jorge da Silva Correia Neto
- Educação a Distância
5 - Eliabe Roberto de Souza
Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia

Reumo

Apesar de a poluição ser um dos maiores problemas da humanidade (SCHUMACHER, 1997), muito ainda falta ser feito quanto aos resíduos sólidos urbanos (RSU) em municípios pequenos. De acordo com o relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) apenas 2% das cidades piauienses têm aterro sanitário, o que corresponde a cinco cidades. Ainda conforme este relatório apenas 8% (18), dispõem de aterro controlado, Já com lixões a céu aberto são em torno de 90% (201), dos 224 municípios do estado. Os dados são referentes ao ano de 2019 (TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PIAUÍ, 2021).
Em Paulistana – PI, A forma de descarte, coleta, tratamento e deposição final dos RSU afeta a vida de todos os paulistanenses. O novo marco sobre descarte do lixo estabelece que: capitais e regiões metropolitanas têm até 2 de agosto de 2021 para acabar com os lixões; cidades com mais de 100 mil habitantes, até agosto de 2022. Cidades entre 50 e 100 mil habitantes, até 2023 e aquelas com menos de 50 mil habitantes, até 2024. Esta pesquisa pretende responder a seguinte pergunta: qual a percepção da gestão municipal e dos habitantes sobre a gestão de resíduos sólidos em Paulistana?
No Brasil, das 72,7 milhões de toneladas de resíduos coletados em 2018, 59,5% tiveram disposição final adequada e foram encaminhadas para aterros sanitários – uma expansão de 2,4% em relação ao valor total do ano anterior. Porém, unidades inadequadas como lixões e aterros controlados ainda têm participação significativa, e os lixões com 23% e os aterros controlados com 17,5%, estão presentes em todas as regiões e recebem mais de 80 mil toneladas de resíduos por dia, com elevado potencial de poluição ambiental e impactos negativos à saúde. (ABRELPE, 2019).
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, aplicada, descritiva, documental e de campo. Foi aplicado questionário ao gestor municipal de resíduos sólidos via email e à população, hospedado nas redes sociais (whatsapp e facebook). Para avaliar a gestão de resíduos sólidos no município uitlizou-se de uma média ponderada, onde o conceito quatro significa uma ótima gestão, o intervalo de entre 3 a 3,9 foi considerada como satisfatória; entre 2 e 2,9, regular e os valores abaixo de 2 são apontados como uma administração deficiente em relação a gestão dos resíduos sólidos.
A principal ação desempenhada pela prefeitura para uma melhor Gestão de Resíduos Sólidos é a coleta de lixo no modelo porta a porta com uma regularidade considerada satisfatória no município. A avaliação da gestão municipal de RS foi considerada regular. De acordo com os resultados 73,3% dos moradores relataram ter o serviço de coleta de lixo no modelo porta a porta sempre, 16,7% responderam que essa coleta ocorre ocasionalmente e apenas 10% responderam que nunca há coleta porta a porta.
Pode-se concluir que na percepção da gestão muito precisa ser feito em relação a gestão de resíduos sólidos. Até pelo resultado do indicador calculado a partir das respostas do gestor, onde este obteve um indicador de 2,0, o que equivale a uma gestão regular. Em algumas situações, ao se comparar as informações dos habitantes com a da gestão do município percebe-se que há uma certa discrepância uma vez que a gestão diz que existe coleta regular, mas os moradores afirmam que essa coleta regular não é satisfatória.
ABRELPE. Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2018/2019. 2019. SCHUMACHER, M. V. A complexidade dos ecossistemas. Porto Alegre: Pallotti, 1997. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PIAUÍ (Piauí). Tribunal de Contas. Cartilha Técnica: Planejamento, Construção e Operação de Aterros para a Destinação Final de Resíduos Sólidos. Disposição final de Resíduos Sólidos: Classificação dos locais de disposição final de resíduos sólidos, Teresina, p. 11-80, 3 fev. 2021.