Resumo

Título do Artigo

ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE: uma proposição de análise a partir da percepção dos pedestres
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Tema

Comunicação, Indicadores e Modelos de Mensuração da Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Amanda Anselmo de Medeiros
- Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade Responsável pela submissão
2 - Ana Cecília Feitosa de Vasconcelos
- Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade

Reumo

As abordagens da mobilidade urbana sempre incluem e, consequentemente, aborda o modo de transporte a pé, uma vez que todos são pedestres e momentaneamente estão utilizando outro modo de transporte (DUARTE, 2011). Nesse sentido, entre os temas emergentes do século XXI, um dos mais importantes e estratégicos para a promoção da qualidade de vida nas cidades é o pedestre. A partir disso, se compreende a importância e necessidade de se tomar como base a percepção dos mesmos para analisar o cenário urbano, objetivando a melhoria das condições de mobilidade e acessibilidade da população.
Na maioria das cidades brasileiras, os meios para realizar deslocamentos são inexistentes ou, quando existem se encontram inadequados ou em mau estado de conservação. O alto percentual de viagens realizadas a pé acentua a importância de se desenvolver, bem como de estudar ferramentas que possibilitem uma análise acerca da qualidade dos espaços urbanos sob a ótica dos pedestre. Ressalta-se a necessidade de avaliar os investimentos direcionados a caminhabilidade. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é propor um modelo capaz de analisar as condições de caminhabilidade a partir desta percepção.
A mobilidade relaciona-se a estrutura urbana, ao sistema viário, a adaptabilidade de uma determinada cidade. Assim, ultrapassa questões associadas ao deslocamento, sendo levada em consideração outras temáticas como justiça urbana e social (NETTO, 2014). Quando se pensa nessa abordagem da mobilidade urbana, muitas vezes, as cidades são e estão sendo planejadas para os carros, ao contrário de ser para as pessoas, ausentando algumas necessidades dos cidadãos (VAZ; SANTORO, 2005). As cidades devem ver e rever os seus modelos, buscando traçar novas alternativas.
Devido às características da pesquisa realizada, este projeto se classifica como sendo exploratório e descritivo. Neste caso específico, pela necessidade de adaptação de um conjunto de variáveis capazes de analisar as reais condições de caminhabilidade pela percepção do pedestre. As técnicas de pesquisa adotadas foram a pesquisa documental para levantar dados e informações necessárias acerca do tema; a pesquisa bibliográfica, como forma de obter embasamento teórico no que se refere aos conceitos e abordagens sobre o tema para adaptar as variáveis do ICam para serem analisadas pelos pedestres.
Com base nos indicadores e nas dimensões que compõem o ICam propostas pelo Manual ITDP (2016) foi realizada uma leitura estruturada em obras seminais que tratam da temática, sendo possível identificar variáveis capazes de se adequar a cada uma das dimensões que compõem o modelo base. Um fator importante a ser considerado é a necessidade de que estas variáveis se alinhassem às dimensões e suas respectivas definições, bem como se adequassem à realidade de qualquer cidade brasileira. A partir disso, foram escolhidas 20 variáveis e suas definições que comporão o instrumento de coleta da pesquisa.
Como contribuição, o artigo permite um importante instrumento de relação entre o ambiente acadêmico e a sociedade civil. Portanto, a pesquisa contribui de forma significativa com a proposição de um modelo que abrange grupos e indicadores. Ademais, fornece um instrumento de coleta de dados, em que estes são eficazes para avaliação da experiência do caminhar pela cidade ou trecho que poderá ser o lócus do estudo. Ainda, sua aplicação poderá agregar positivamente no desenvolvimento do planejamento e da gestão urbana objetivando o crescimento e expansão do ambiente de forma agradável, equitativa.
DUARTE, F. Planejamento Urbano. 2 ed. Curitiba: PR IBPEX/ Série Gestão Pública, 2011. ITDP. Índice de Caminhabilidade. 2016. Disponível em: . Acesso em: 26 jan. de 2021. NETTO, V. M. Cidade e Sociedade: as tramas da prática e seus espaços. 1 ed. Porto Alegre: Sulina, 2014. VAZ, J. C.; SANTORO, P. Cartilha Mobilidade urbana é desenvolvimento urbano. 2005. Disponível em: . Acesso em: 22 de jan. de 2021.