Resumo

Título do Artigo

Sustentabilidade empresarial e o desempenho financeiro: o papel do investidor institucional na performance corporativa
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Tema

Governança e Sustentabilidade em Organizações

Autores

Nome
1 - Camila Neves
Universidade Federal de Pernambuco - PROPAD Responsável pela submissão
2 - Joséte Florencio dos Santos
Universidade Federal de Pernambuco - departamento de ciências administrativas
3 - Gabrielle Maria de Oliveira Chagas
Universidade Federal de Pernambuco - Programa de Pós Graduação em Administração - PROPAD
4 - Maurício Assuero Lima de Freitas
-
5 - Moisés Araújo Almeida
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - Centro de Ciências Sociais Aplicadas

Reumo

A discussão acerca da preocupação socioambiental se inicia com Bowen (1953) e passam ser desenvolvidos os conceitos de Responsabilidade Social e sustentabilidade corporativas. As práticas de governança corporativa (GC) podem ser o mecanismo para implementar atividades sustentáveis (LUO, 2006; AGUILERA ET AL., 2007). Os investidores institucionais adotam práticas de GC e tendem a direcionar as atividades de sustentabilidade empresarial, segundo Kim et al. (2019). As prática sustentáveis, entretanto, precisam estar em harmonia com os objetivos financeiros da empresa.
Na literatura há estudos que investigam relação da sustentabilidade corporativa e o desempenho financeiro das empresas (Crisótomo; 2016; Viana, 2019), assim como o papel dos investidores institucionais no desempenho financeiro e de sustentabilidade (Denes; Karpoff; McWilliams, 2017; Calluzzo; González, 2019). Entretanto, os resultados permanecem divergentes. Assim, pretendeu-se analisar se a participação de investidores institucionais modera os efeitos da sustentabilidade corporativa na rentabilidade das empresas dos níveis diferenciados de governança corporativa da B3.
A sustentabilidade corporativa visa balancear a manutenção da responsabilidade social, associada a conservação do meio ambiente e a garantia do desenvolvimento econômico (LASKAR, 2018). Boubaker et al. (2017) e Glossner (2019) concluíram que os investidores institucionais impulsionam as atividades sustentáveis, enquanto Dyck et al. (2019) destaca ainda que a presença daqueles melhora o desempenho financeiro. Por sua vez, Zago, Jabbour e Bruhn (2018) constatam que a sustentabilidade melhora a performance financeira, enquanto Vardari et al. (2020) não encontrou relação entre as dimensões.
Esta pesquisa, descritiva e quantitativa, analisou dados de todas as empresas que compõem os níveis diferenciados de governança da B3 (Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado), com informações entre os anos de 2015 a 2020. Como proxy para mensurar a sustentabilidade empresarial foi utilizada a indexação a carteira ISE. Os dados foram coletados por meio do Economatica e analisados no Excel e no software Stata13. Foi feita análise descritiva e estatística. Para atender ao objetivo foi utilizada uma regressão linear múltipla com dados em painel e o modelo de efeitos fixos foi mais adequado.
Cerca de 15% das empresas analisadas são sustentáveis e mais de 56% delas estão em setores com algum tipo de impacto ambiental. Os investidores institucionais (II) detêm cerca de 46% das ações analisadas e sua presença tem crescido. Por meio da modelagem de regressão com dados em painel com efeitos fixos, constatou-se que o II melhora o desempenho financeiro (DF), enquanto a sustentabilidade não. Existe uma tendência de moderação positiva do II no DF. Empresas maiores tem melhor ROA, enquanto uma relação negativa foi observada em relação à alavancagem, variáveis de controle do modelo proposto.
relação à alavancagem, variáveis de controle do modelo proposto. Conclusão: até 600 ok As evidências empíricas encontradas demonstram que a presença de investidores institucionais guarda uma relação positiva com o desempenho financeiro, entretanto, não foi constada relação dessa dimensão com a sustentabilidade corporativa. O fato de as ações serem detidas por investidores institucionais não modera a relação entre sustentabilidade e desempenho financeiro, mas foi observada uma tendência de impacto positivo. Empresas mais alavancadas possuem menores retornos sobre o ativo, enquanto tamanho melh
social responsibility? International evidence. Journal of Financial Economics, v. 131, n. 3, p. 693-714, 2019. GLOSSNER, S. Investor horizons, long-term blockholders, and corporate social responsibility. Journal of Banking & Finance, v. 103, p. 78-97, 2019. VARDARI, D.; LUAN, S. R. ; GASHI, R.. The Impact of Corporate Sustainability Index on BIST Sustainability Index. European Journal of Sustainable Development, v. 9, n. 2, p. 375- 390, 2020.