Resumo

Título do Artigo

Eficiência Econômico-Financeira Das Empresas Sustentáveis da B3: uma Aplicação da Análise Envoltória de Dados
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Tema

Finanças Sustentáveis

Autores

Nome
1 - Camila Neves
Universidade Federal de Pernambuco - PROPAD Responsável pela submissão
2 - Joséte Florencio dos Santos
Universidade Federal de Pernambuco - departamento de ciências administrativas
3 - Gabrielle Maria de Oliveira Chagas
Universidade Federal de Pernambuco - Programa de Pós Graduação em Administração - PROPAD
4 - Kliver LAMARTHINE ALVES CONFESSOR
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - PPGA
5 - Renata Braga Berenguer de Vasconcelos
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Reumo

A emergente questão climática e ambiental tem impulsionado mudanças corporativas em respostas às demandas da sociedade pela adoção de padrões sustentáveis. A sustentabilidade corporativa (SC) corresponde ao comprometimento empresarial de mensurar os possíveis impactos ambientais e sociais corporativos de suas operações, segundo Schaltegger e Burrit (2005). A SC tem sido mensurada por meio de diversos mecanismos, entre eles os índices específicos de mercado. O ISE B3 foi criado em 2005 observando essa tendência, assim como outros índices nos mercados internacionais.
Diversas pesquisas empíricas têm sido conduzidas no intuito de fornecer evidências que promovam e impulsionem a sustentabilidade corporativa. Algumas investigam o desempenho financeiro ou os retornos das ações. Uma perspectiva alternativa é a análise da eficiência das empresas sustentáveis, que pode ser mensurada por meio do DEA. No entanto, não há resultados conclusivos quanto a essa eficiência, em especial no contexto nacional. Assim, este estudo buscou examinar a eficiência do desempenho econômico-financeiro das empresas que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).
Analisando a eficiência das empresas do setor de papel e celulosa da B3, por meio de um modelo DEA, Gavião et. al (2016) constatarm uma eficiência maior das empresas desse setor indexadas a carteira ISE. Já Caiado (2020) aplicou a modelagem de um modelo DEA para investigar a ecoeficiência das empresas brasileiras de energia entre 2012 e 2017, e não encontraram relação entre a eficiência e a indexação ao ISE. Considerando a eficiência econômica de 33 fábricas mundiais, Stefanoni e Voltes-Dorta (2021) constataram que o fator EGS elevou a eficência financeira das empresas entre 2014 e 2017.
Nesse estudo descritivo com abordagem quantitativa, a amostra selecionada foi não-probabilística escolhida através do critério de acessibilidade. Foram excluídas da amostra as empresas financeiras e com PL negativo. De modo a examinar a eficiência do desempenho econômico-financeiro das empresas sustentáveis da B3 foi realizado o método DEA de modelo VRS, orientação input. As variáveis de input foram Ativo Total e Patrimônio, enquanto Líquido Liquidez Geral, ROA, ROE e Endividamento foram variáveis de output. Os dados foram coletados no Economatica e no site da B3 e tratados no R studio.
Este estudo analisou a eficiência econômico-financeira de 42 empresas do ISE dos segmentos diferenciados de governança corporativa durante o período de 2010 a 2020. Observou-se a perenidade na indexação ao ISE de algumas empresas como a AES Tiete, Brasken. BRF S.A. Cerca de 30,23% das empresas são do setor de Utilidade Pública. No ano de 2015 e 2017 cerca de 10 das empresas analisadas compunham a fronteira de eficiência, isto é, score de 100%, enquanto de 2011 a 2013 apenas 4 eram totalmente eficientes. A maior parte das empresas (59,06%), no entanto, não são eficientes.
Entre as 42 empresas analisadas, cerca de 24 delas compuseram a linha de eficiência ao longo dos períodos analisados e a Cielo, a Dasa, a Fleury, a Inds Romi, a Lojas Renner, a MRV e a Petrobras BR foram eficientes em todos os anos. No entanto, como apenas 27,54% das empresas analisadas foram 100% eficientes na análise ano a ano, não é possível concluir que a sustentabilidade aprimore a eficiência econômico-financeira das empresas listadas na B3 nos segmentos diferenciados de governança corporativa.
PADOVANIM. P.; FERREIRA, D. H. L. Estudo da aplicação do modelo DEA na avaliação da eficiência das principais indústrias de papel e celulose no Brasil na dimenção ambiental do deselvolvimentos sustentável. R. gest. sust. ambient., ISSN 2238-8753 2020 STEFANONI, S.; VOLTES-DORTA, A. Technical efficiency of car manufacturers under environmental and sustainability pressures: a data envelopment analysis approach. Journal Of Cleaner Production, v. 311, p. 127589, ago. 2021