Resumo

Título do Artigo

Análise das mudanças na ISO 14001:2015
Abrir Arquivo

Tema

Gestão Ambiental

Autores

Nome
1 - Wesley Ribeiro de Souza
- Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo Responsável pela submissão
2 - Sônia Regina Paulino
- Universidade de São Paulo

Reumo

A ISO 14001 é a mais difundida e aceita norma de certificação ambiental. Publicada em setembro de 1996, a ISO 14001 teve como sua principal justificativa de gênese a necessidade de aceleração do comércio internacional, constituindo um sistema padronizado de relatórios e dinâmicas para avaliação de conformidade e prevenção de poluição e danos ambientais. Deste modo o sistema de gestão ambiental (SGA) preconizado seria capaz de atuar na hierarquia de mitigação de impactos sobre o ambiente.
Simultaneamente às críticas e à queda na adesão à norma ISO14001, verificada no mundo a partir de 2010, ocorre a revisão da norma em 2015. A partir de então, é colocada a questão sobre os efeitos decorrentes da sua atualização e o incentivo para adoção da certificação. Pretende-se responder a seguinte pergunta: quais são os principais aspectos considerados no debate sobre a nova versão da ISO 14001? Tomamos como objetivo identificar as principais mudanças inseridas na atualização da norma, bem como identificar os pontos fortes e fracos acerca desta nova atualização.
A ISO 14001 é uma ferramenta de gestão ambiental. A atualização propôs a adequação com outras normas de sistemas integrados que poderiam se sobrepor na mesma planta. Depois, a norma estendeu a sua base, levando atenção ao PCDA, que parece ser um indicativo de pressão para as organizações pela melhoria contínua. Ao mesmo passo busca se tornar mais fácil de ser adotada por empresas de menor porte ao tornar a documentação exigida para certificação mais simples, porém, a exigência de verificação e atualização contínua do SGA se tornou necessária ao passo que seu abandono torna a norma sem sentido.
Este trabalho é baseado em revisão de literatura com busca e seleção de artigos em bases de dados. As bases utilizadas nas buscas foram: Scielo, Scopus e Web of Science. Para a seleção dos trabalhos foram utilizados dois grupos de palavras chaves, sistematização dos resultados e leitura integral dos artigos. Os dados foram analisados considerando as seguintes variáveis: Abrangência geográfica dos trabalhos; Ano de publicação dos trabalhos; Assuntos relacionados nos trabalhos; Pontos positivos da nova atualização; Pontos negativos da nova atualização; e Dualidades encontradas sobre os temas.
A atualização da ISO 14001:2015 é abordada em diversos trabalhos que citam pontos positivos e negativos em relação à norma. Dentre os principais pontos positivos estão a melhoria da gestão ambiental, comprometimento da alta direção e melhoria na reputação da organização. Entre os negativos estão a não delimitação de melhorias, aumento da complexidade de procedimentos e o desinteresse pela certificação. O principal ponto de dualidade é a consideração dos estágios do ciclo de vida.
A concepção da ISO 14001:2015 em se propor generalista, no sentido de atender organizações de qualquer, natureza, setor e tamanho, poderia ser alterada no caminho de outras certificações como a EMAS, ao prever especificidades de acordo com setor da organização. Outra classificação que poderia ser feita é em relação ao porte da organização, com a norma adequando a sua documentação e processos de acordo com o porte da organização. Por último, uma classificação diante das características locais, como tipo de política ambiental, de modo que a norma se torne mais próxima de cada realidade local.
BRAVI, L. et al. Environmental management system according to ISO 14001:2015 as a driver to sustainable development. Corporate Social Responsibility and Environmental Management, London, v. 27, n. 6, p. 2599-2614, 2020. DELMAS, M. A. The diffusion of environmental management standards in Europe and in the United States: An institutional perspective. Policy Sciences, Dordrecht, v. 35, n. 1, p. 91-119, 2002. FONSECA, L. M. C. M. ISO14001:2015: An improved tool for sustainability. Journal of industrial engineering and management, Barcelona, v. 8, n. 1, p. 37-50, 2015.