Resumo

Título do Artigo

Validação de Escala de Mensuração para Economia Circular: uma proposta pautada nos preceitos da inovação
Abrir Arquivo

Tema

Operações sustentáveis e Economia Circular

Autores

Nome
1 - Edson Luis Kuzma
- Irati Responsável pela submissão
2 - Simone Sehnem
- Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc

Reumo

A literatura sobre métricas de circularidade fornece meios à construção do conhecimento científico do tema, proposição de vias para melhoria e avanço, levantamento de fragilidades e inconsistências dos modelos, entre outros (Brink, Hengeveld, & Tobi, 2020). As métricas já desenvolvidas listam práticas que podem ser usadas potencialmente para medir a circularidade a partir de sua estrutura conceitual. Revisões recentes ampliam as possibilidades de desenvolvimento de novas métricas ao explorarem suas características, direcionamento e fragilidades metodológicas e teóricas.
O presente artigo é um relatório de pesquisa que faz parte de estudo que tem por objetivo a construção de escala de mensuração de modelos de negócios de economia circular pautada nos preceitos da inovação e validação do modelo estrutural. O relatório apresentado consiste na pré-validação do instrumento de pesquisa, adotado como estágio de desenvolvimento e validação da escala final da pesquisa. A validação do instrumento de pesquisa faz parte dos procedimentos adotados para refinamento e viabilização da apresentação da escala final, conforme proposto pelo protocolo de Costa (2011).
A economia circular é um modelo restaurador e regenerativo por natureza, que objetiva a maximização da utilidade e a permanência dos recursos ativos nos ciclos de produção, conceito difundido pela Ellen Macarthur Foundation (EMF). Seus princípios fundamentais são baseados na preservação e melhoria o uso do capital natural, otimização da utilidade e do rendimento dos recursos e promoção da eficácia dos sistemas produtivos (EMF, 2015).
O protocolo adotado na construção e validação da escala é derivado do paradigma de desenvolvimento de escalas prescrito por Costa (2011). Aplicou-se a escala inicial para validação e primeira rodada de análise fatorial exploratória, em empresas do setor de serviços. Os questionários foram enviados via e-mail e outras variadas formas de destinação, nos meses de junho e julho de 2021. A amostra é composta por 223 respondentes. O pool inicial de itens é formado por 149 itens de escala.
A partir da inovação e recuperação de recursos nos modelos de negócios de economia circular, diferentes possibilidades de reinserção do material, produto ou componente no ciclo de produção e consumo são operadas para prolongar seu valor. A inovação atua na criação do novo e a inserção de princípios de economia circular e recuperação de recursos condicionam a criação, entrega e captura de valor. O novo valor é criado, entregue e capturado nos modelos de negócio circular a partir de possibilidades de extensão do uso.
Foram gerados 149 itens de escala iniciais, distribuídos entre as dimensões Modelos de Negócios de Economia Circular, Recuperação de Recursos, Inovação e Proposição de Valor. Da análise fatorial exploratória, foram excluídos 48 itens de escala que não apresentaram carga fatorial satisfatória.
Brink, M., Hengeveld, G. M., & Tobi, H. (2020). Interdisciplinary measurement: A systematic review of the case of sustainability. Ecological Indicators, 112, 106145. doi:10.1016/j.ecolind.2020.106145 Costa, F. (2011). Mensuração e desenvolvimento de escalas: Aplicações em Administração, Rio de Janeiro, RJ: Editora Ciência Moderna Ltda. Ellen MacArthur Foundation (2015). Towards a Circular Economy: Business Rationale for an Accelerated Transition. Ellen Macarthur Foundation, UK.