Resumo

Título do Artigo

EVIDENCIAÇÃO AMBIENTAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE EMPRESAS DO SETOR DE PAPEL E CELULOSE LISTADAS NA B³
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Tema

Gestão Ambiental

Autores

Nome
1 - Amanda Pereira da Silva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná - Instituto Federal do Paraná
2 - Franciele Machado de Souza
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA - UEPG - DECON
3 - Antonio Nadson Mascarenhas Souza
- Universidade Federal do Paraná
4 - Alison Martins Meurer
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - Universidade Federal do Paraná (UFPR) Responsável pela submissão

Reumo

Dentro deste escopo informacional encontra-se a questão dos resíduos sólidos. Vogt et al. (2014) explicam que os resíduos sólidos são originados do uso de materiais para as atividades humanas e animais que, posterior a sua utilização, passam a ser considerados inúteis e são descartados. Ao longo dos anos houve um aumento de pesquisas associadas ao setor de papel e celulose, foco desta pesquisa. As empresas desse setor são consideradas potencialmente poluidoras e apresentam um nível considerado alto de utilização dos recursos naturais.
Busca-se abordar o estudo da divulgação de resíduos sólidos no setor de papel e celulose, pois o Brasil ocupava em 2018 a 2° posição no ranking mundial de maiores produtores de celulose. Logo, a temática de evidenciação de resíduos sólidos conduz a seguinte questão-problema: Como estão sendo evidenciadas as informações ambientais relativas aos resíduos sólidos de empresas do setor de papel e celulose? Este estudo tem como objetivo verificar a evidenciação das informações ambientais de resíduos sólidos de empresas do setor de papel e celulose.
O setor de Papel e Celulose representa 1,3% do PIB nacional e 6,9% do PIB industrial (Alves & Fontgalland, 2021). A Lei n°. 12.305/10 tornou obrigatória a elaboração do plano de gerenciamento de resíduos sólidos considerados perigosos, sendo pertinente observar a sua evidenciação. A evidenciação ambiental é composta pelo conjunto de instrumentos utilizados pela empresa para difundir as ações relativas ao meio ambiente, por conseguinte à sociedade (Vogt et al., 2014). Uma das formas de avaliação da evidenciação ambiental dos resíduos sólidos é a utilização do Modelo Waste-Ede.
Para a realização do estudo a amostragem contemplou quatro empresas do setor de papel e celulose. Os dados foram obtidos a partir dos relatórios de sustentabilidade e similares disponibilizados pelas empresas da amostra durante o ano de 2010 a 2020. Para a análise dos dados utilizou-se o instrumento de avaliação do nível de evidenciação ambiental dos resíduos sólidos Waste-Ede.
Os resultados indicam que durante os anos analisados as empresas Klabin, Suzano, Cia de Melhoramentos São Paulo e Irani enquadraram-se no nível de mercado, no decorrer dos anos as companhias tendenciaram publicizar mais informações em seus relatórios. Destaca-se a empresa Irani, apesar de não atuar diretamente no setor de Papel e Celulose atingiu a pontuação máxima de evidenciação ambiental, sendo 98,16 pontos no ano de 2018.
As implicações da pesquisa reforçam que por intermédio da evidenciação ambiental acerca dos resíduos sólidos é possível monitorar práticas realizadas pelas empresas do setor de papel e celulose relativa a minimizar degradação do meio ambiente, além disso proporciona à sociedade transparência quanto a disposição final e tratamento dos resíduos. Aos profissionais atuantes na gestão empresarial contribui para tomar decisões, desenvolvimento de ações socioambientais, redução da quantidade de autuações ambientais e influência na conquista de stakeholders.
Voss, B. L. (2012). Environmental disclosure: Estudo sobre a evidenciação ambiental dos resíduos sólidos presentes nos relatórios de sustentabilidade de empresas brasileiras potencialmente poluidoras para o ano de 2010. 2012. 107 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Contabilidade, Universidade Federal de Santa Catarina. Voss, B. L., Pfitscher, E.D., Rosa, F. S., & Ribeiro, M. S. (2013). Evidenciação Ambiental dos Resíduos Sólidos de Companhias Abertas no Brasil Potencialmente Poluidoras. Revista Contabilidade & Finanças, 24(17). Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1519-70772013000200004.