Resumo

Título do Artigo

ESTRUTURA DE PROPRIEDADE, ASPECTOS ESG E O ENGAJAMENTO COM OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
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Tema

Comunicação, Indicadores e Modelos de Mensuração da Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Sady Mazzioni
- Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ Responsável pela submissão
2 - Lauriany Kisata
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó - Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó
3 - Cristian Baú Dal Magro
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Reumo

As características de estrutura de propriedade e dos investidores exigem das empresas uma triagem dos fatores de risco ESG (LAVIN; MONTECINOS-PEARCE, 2021). As práticas e divulgações ESG formam novas medidas de responsabilidade que refletem o compromisso voluntário com metas não financeiras de desenvolvimento sustentável, criando valor para os investidores, sociedade e outras partes interessadas (ARAYSSI; JIZI; TABAJA, 2019). O envolvimento das empresas com os ODS ajuda a esclarecer certos elementos que estavam ausentes ou implícitos em muitos padrões e métricas ESG (CONSOLANDI et al., 2020).
Qual a influência das características de estrutura de propriedade na relação entre o desempenho em práticas ambientas, sociais e de governança (ESG) e o engajamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nas companhias abertas listadas na B3? O objetivo é avaliar o efeito das características de estrutura de propriedade na relação entre o desempenho em ESG e o engajamento com os ODS nas companhias abertas listadas na B3.
A seção da fundamentação teórica contempla discussões sobre as práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) e o engajamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Além disso, discute aspectos da estrutura de propriedade (concentração de propriedade, propriedade governamental e propriedade institucional) na relação entre as práticas ESG e a adoção dos ODS, fundamentando as hipóteses de pesquisa.
Quanto aos objetivos a pesquisa é descritiva, quanto aos procedimentos documental e quanto a abordagem quantitativa, compreendendo o período de 2016 a 2021, com amostra de 1.123 observações. Os dados foram coletados por meio da Economática®, formulário de referência da B3, site das empresas, base CSRHub e Pacto Global. A análise principal para validação dos dados se deu pela utilização da regressão logística.
Os resultados mostram um impacto consistente dos aspectos ESG no engajamento com os ODS. Outros fatores como tamanho da empresa, verificação externa dos relatórios de sustentabilidade, presença no Índice de Sustentabilidade Empresarial e adesão ao Pacto Global são preponderantes para a adesão aos ODS. Em relação a estrutura de propriedade, empresas com maior proporção de investidores institucionais se envolvem menos com os ODS. Contudo, empresas com maior proporção de investidores institucionais e elevado desempenho em ESG, intensificaram o engajamento com os ODS.
Conclui-se que o ESG intensifica o engajamento com o desenvolvimento sustentável, mesmo em empresas com estrutura de propriedade pouco envolvida com os interesses das demais partes interessadas.
CONSOLANDI, C.; PHADKE, H.; HAWLEY, J.; ECCLES, R. G. Material ESG outcomes and SDG externalities: Evaluating the health care sector’s contribution to the SDGs. Organization & Environment, v. 33, n. 4, p 511-533, 2020. RAIMO, N.; VITOLLA, F.; MARRONE, A.; RUBINO, M. The role of ownership structure in integrated reporting policies. Business Strategy Environ, v. 29, p. 2238–2250, 2020. ROSATI, F.; FARIA, L. G. D. Addressing the SDGs in sustainability reports: The relationship with institutional factors. Journal of Cleaner Production, v. 215, p. 1312-1326, 2019.