Resumo

Título do Artigo

EMPREENDEDORISMO RURAL FEMININO: MULHERES NA OLIVICULTURA DA REGIÃO SUL DO RIO GRANDE DO SUL
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Tema

Empreendedorismo Sustentável e Negócios de Impacto

Autores

Nome
1 - Alessandra Bandeira da Rosa
Universidade Federal de Pelotas - FACULDADE DE AGRONOMIA
2 - ALISSON EDUARDO MAEHLER
- Universidade Federal de Pelotas - UFPel Responsável pela submissão
3 - Gabrielito Menezes
Universidade Federal de Pelotas - FAEM

Reumo

O presente artigo buscou entender como atuam e quais as barreiras e dificuldades das mulheres empreendedoras na olivicultura do RS. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e uma análise interpretativa das respostas das empreendedoras no cultivo de oliveiras. Como principais resultados encontramos mulheres motivadas com a produção do seu produto, com escolaridade mínima de graduação, que não têm essa atividade como principal fonte de renda, pois possuem outras profissões paralelas, que encontram como barreiras o machismo, estradas precárias e as condições climáticas.
Por meio de pesquisas e análises formulou-se o problema de pesquisa: Como empreendem as mulheres na produção de olivicultura na região sul do Rio Grande do Sul atualmente? O objetivo geral deste estudo é analisar a atuação das mulheres empreendedoras da produção de olivicultura na região sul do Rio Grande do Sul, especificamente buscar caracterizar o perfil das mulheres empreendedoras na atividade olivícola, analisar as razões por estarem empreendendo na olivicultura e identificar as barreiras enfrentadas pelas mulheres ao empreender no campo.
O trabalho feminino no Brasil passou por importantes transformações demográficas, culturais e sociais que tiveram grande impacto, como a queda da fecundidade, a redução no tamanho das famílias, o envelhecimento da população brasileira, com maior expectativa de vida das mulheres e o aumento de famílias chefiadas por mulheres (CIELO; WENNINGKAMP; SCHMIDT, 2014). E ainda mudanças nos padrões culturais e nos valores relativos ao papel social da mulher alteraram a identidade feminina, cada vez mais voltada ao trabalho produtivo.
Considerando o contexto e os objetivos da presente pesquisa, optou-se por um estudo de caráter qualitativo, com estudo de múltiplos casos, através de uma entrevista semiestruturada com as produtoras de olivicultura. Foi traçado o perfil dessas mulheres que estão atuando na produção ou gestão e a forma como procedem no seu empreendimento. A entrevista ocorreu com as mulheres produtoras de Olivais da região sul do Rio Grande do Sul. As perguntas foram elaboradas com vistas a traçar o perfil das entrevistadas, bem como sua motivação para produzir tal cultura, a forma como atuam e limitações.
A desvantagem é vista como inexistente para 4 das 7 entrevistadas, as demais relataram o machismo, o trabalho pesado e as viagens longas. Quanto a se considerarem uma empreendedora rural, todas concordam que sim, são empreendedoras, pois estão inovando e fazendo a diferença. E, quanto aos anseios para os próximos anos, destacam-se ter o próprio lagar para fazer seus azeites sem depender de terceiros, aumentar a produção e manter a qualidade. Somente 1 não sabe se continuará com a propriedade, pois só tem um filho que tem outra profissão e não se interessa na produção.
Por meio da entrevista, verificou-se que a plantação desse cultivo ocorreu como investimento principalmente para a aposentadoria das respondentes ou como fonte de trabalho para o sustento futuro, no caso das mais novas nesse ramo, estando dentro da perspectiva do empreendedorismo por representar oportunidade em um contexto de desenvolvimento de médio e longo prazo. As motivações das entrevistadas para plantar oliveiras incluem qualidade de vida, consumo de um produto de qualidade, contato com a natureza e, naturalmente, ganhos financeiros.
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