Resumo

Título do Artigo

INVESTIMENTOS EM CAPITAL HUMANO E O DESEMPENHO DE EMPRESAS LISTADAS NA B3 SOB A ÓTICA DA TEORIA CRÍTICA
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Tema

Gestão de Pessoas e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Cleyson Fábio de Assis
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - PPGCONT Responsável pela submissão
2 - Luiz Panhoca
- UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Reumo

A responsabilidade social das corporações tem tido cada vez mais protagonismo no mundo dos negócios. Mecanismos foram desenvolvidos com o intuito de melhorar a qualidade da informação prestada pelas empresas. Nessa esteira há a questão do capital humano, que impacta de sobremaneira a atuação das empresas e com a pandemia de Covid-19, novas formas de gestão foram necessárias para condução dos negócios. Sob o enfoque da teoria crítica, que prega que a Contabilidade não pode apenas descrever os fatos acontecidos, ela precisa ir além, para gerar uma análise crítica dos resultados encontrados.
Qual a relação entre o investimento em capital humano e o desempenho econômico-financeiro das organizações? O objetivo é verificar a relação entre o investimento em capital humano e o desempenho econômico-financeiro das organizações considerando o período pré e pós pandemia em empresas listadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3), trazendo a luz uma abordagem crítica quanto ao comportamento das corporações.
A Teoria Crítica surgiu para contrapor a tentativa positivista de direcionar esforços apenas para a descrição dos fenômenos nos estudos, com o intuito de manter o processo puro e “limpo”. O capital humano é fator preponderante para a execução dos objetivos das corporações, e, seu reconhecimento contribui para um crescimento econômico-financeiro. A pandemia forçou uma adequação nunca vista na história das corporações, a crise humanitária impactou as empresas, em especial os colaboradores, que foram ameaçados nas mais diversas áreas.
Classifica-se como documental e quantitativa. Amostra com 26 empresas listadas na B3, do segmento de bens industriais e enquadradas no Novo Mercado. As variáveis selecionadas foram ativo, provisões trabalhistas e previdenciárias, receita, endividamento, ROE, ROA e pessoal. Foi realizado o teste da Estatística Descritiva e Q de Cochran. Ao considerar esse teste, foi necessário ajustar os dados tabulados, transformando-os em variáveis dummy, considerando 0 quando há redução dos investimentos, e, 1 quando houve aumento.
As empresas analisadas mantiveram números muito próximos, até com crescimento, durante a pandemia, com a exceção do retorno sobre o PL. O teste Q de Cochran mostrou que há diferenças nas distribuições de aumentos e reduções dos investimentos em todos os testes performados (X2 = 30,474 e p < 0). As comparações entre os pares mostraram que a proporção de aumento dos valores é maior para ativo, receita e pessoal, já as proporções de provisões, endividamento, ROE e ROA, o teste demonstrou não haver diferenças significativas.
Os resultados evidenciaram que de uma certa forma existe a correlação entre os investimentos no capital humano e o desempenho financeiro das empresas, sem que haja uma evidência clara e cabal dessa condição. Isso remete a um comportamento empresarial que nem sempre divulga (ou age) de maneira a contribuir para o desenvolvimento dos colaboradores, logo, é preciso que os gestores tenham a percepção das necessidades que os integrantes do “capital humano” apresentam ao longo da relação de trabalho e além de atuarem para que elas sejam sanadas e o contexto equilibrado e justo para todas as partes.
Murro, E. V. B., Ribeiro, F., Colauto, R. D., Bachmann, R. K. B., & da Fonseca Tonin, J. M. (2014). Investimentos em Capital humano e Desempenho organizacional: análise em companhias brasileiras. Revista de Contabilidade da UFBA, 8(3), 38-51. Patczyk, D. A., Ribeiro, F., & Taffarel, M. (2019). Investimento em capital humano e a rentabilidade organizacional: um estudo em instituições financeiras. Revista Conhecimento Contábil, 9(2).