Resumo

Título do Artigo

BIOECONOMIA NO AGRONEGÓCIO: TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS ATRAVÉS DO USO DE BIOTECNOLOGIAS
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Tema

Inovação para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Ana Beatriz Bernardes Oliveira
- FAVILI Responsável pela submissão
2 - Paulo Cesár de Sousa Batista
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3 - Elda Fontinele Tahim
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4 - José Iran Batista de Melo Filho
- Programa de Pós graduação em Administração

Reumo

A Bioeconomia surge como um campo de pesquisa e de atividades econômicas, associado aos paradigmas do conhecimento científico, por intermédio das biotecnologias e da sustentabilidade, capaz de oferecer soluções viáveis para uma adequada convivência com a natureza e o desenvolvimento de negócios inovadores (Spierling et. al., 2018). A Bioeconomia é capaz de promover a criação de tecnologias e inovações radicais que impactam diretamente na cadeia de suprimento dos setores mediante a substituição de suas matérias primas, por recursos bio-based ou a partir da biomassa proveniente de seus resíduos.
Diante dessa nova possibilidade de exploração de oportunidades no agronegócio promovida pela Bioeconomia tem – se a seguinte questão de pesquisa: quais são as tendências e oportunidades promovidas pela Bioeconomia no setor de agronegócio brasileiro? De modo a responder esse questionamento, o estudo tem como objetivo principal compreender quais são as tendências e oportunidades de negócios no setor do agronegócio biotecnológico, sob a ótica da bioeconomia.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA é referência mundial na área de transformação genética de plantas a partir do desenvolvimento de variedades tolerantes ou resistentes a doenças, visando reduzir as aplicações de defensivos químicos nas culturas agrícolas. Além disso, desenvolve estudos que caracterizam a vanguarda da biotecnologia, uma nova plataforma tecnológica para expressar moléculas de alto valor agregado: a utilização de plantas, animais e microrganismos geneticamente modificados como biofábricas para produção de insumos.
Os dados foram coletados através de entrevistas semiestruturadas com servidores públicos, empresários e pesquisadores de todo o páis. Os resultados obtidos foram agrupados nas categorias: agronegócio e biotecnologia, tendências e oportunidades de negócio, obstáculos e políticas públicas.
Observa-se que no Brasil não há uma política pública específica para essa prática. Entretanto, isso não significa que não haja o uso de biotecnologia pelo setor agro no país. O país também não possui um marco regulatório que trate a relação da bioeconomia com o agronegócio. Considera-se que as leis não estão atualizadas a respeito das inovações da pesquisa, e que apresentam incongruências, pois quando se observam as leis como a do Bem, a da Biodversidade e da Biosegurança, percebe-se que suas diretrizes são opostas ao que estabelece a lei da inovação e das práticas agriculturáveis.
pode-se observar que há vários produtos e práticas do agronegócio que envolvem biotecnologias, como aproveitamento de resíduos orgânicos para o surgimento de outros produtos, que os entrevistados chamaram de agregação de valor, produtos inovadores como hambúrguer de caju, sucos probióticos e prebióticos, bioadersivos e bioplásticos, reutilização de águas, dentre outros.
GEISSDOERFER, M. et al. The Circular Economy: A new sustainability paradigm? Journal Of Cleaner Production, v. 143, p.757-768, 2017. SPIERLING, S. et.al. Bio-based plastics - A review of environmental, social and economic impact assessments. Journal Of Cleaner Production, n. 185, p. 476-491, 2018. OLIVEIRA, R. O., SPERS, E.E. Brand Equity no Agronegócio: Percepção do Consumidor Brasileiro de Carne Suína. Revista de Administração de Empresas – RAE, São Paulo, v. 58, n. 4, p. 365-379, 2018.