Resumo

Título do Artigo

Geração de riqueza e ecoeficiência das empresas listadas no Índice de Carbono Eficiente (ICO2)
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Tema

Comunicação, Indicadores e Modelos de Mensuração da Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Taynara de Oliveira
Esalq/ USP- ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ - Curso EAD - MBA em Finanças e Controladoria
2 - Raíssa Silveira de Farias
- Núcleo de Negócios
3 - MARCO ANTONIO ALVES DE SOUZA JUNIOR
- Administração Responsável pela submissão

Reumo

As questões ambientais têm demandado cada vez mais esforços por parte das empresas, visto alta exploração dos recursos naturais e a desregrada emissão de gases poluentes na atmosfera. Neste contexto, as organizações têm buscado estratégias em busca de um maior desenvolvimento sustentável. No mercado financeiro, o Índice Carbono Eficiente tem por objetivo incentivar as empresas a mensurar, divulgar e monitorar suas emissões de GEE, o que possibilitará o preparo destas empresas para uma economia de “baixo carbono” (B3, 2021).
Este estudo, traz uma visão sobre os impactos de empresas participantes do Índice Carbono Eficiente (ICO2), visando o benefício originado pelas ações e comportamento utilizado por elas para tratar as mudanças ambientais. Sendo assim, dadas as grandes mudanças climáticas vivenciadas nas últimas décadas e a preocupação com o tema, o objetivo deste estudo foi identificar a relação entre as emissões e compensações de gases de efeito estufa, e a geração de riqueza das empresas participantes do Índice de Carbono Eficiente.
O constante foco no desenvolvimento econômico, sem atentar-se aos possíveis riscos ao meio ambiente e seus recursos, foram pontos cruciais para a aceleração das consequências do aquecimento global. As empresas, em princípio, são geradoras de riqueza para as nações. Em contrapartida, também são as principais causadoras de danos ao ambiente devido a exaustão e degradação de recursos naturais (Sousa, Zucco e Pereira, 2012). Dado esses fatores, a evidência de informações pelas empresas sobre as questões ambientais deve ser marcada pela transparência.
O estudo foi realizado com 20 empresas pertencentes ao Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3, dado que possuem maior clareza em relação as suas emissões de gases de efeito estufa. Os dados foram coletados por meio dos relatórios de sustentabilidade; relatórios anuais, “site” da B3, para coleta das empresas listadas no Índice de Carbono Eficiente; inventários de emissões de gases divulgados pela plataforma de Registro Público de Emissões (2021) e demonstrações do valor adicionado extraídas do “site” do Instituto Assaf (2021).
Para melhor compreensão dos resultados encontrados, realizou-se a análise da DVA das 20 empresas selecionadas; partindo-se para a análise das emissões e compensações de GEE e da Ecoeficiência das empresas, finalizando com a análise do índice de desenvolvimento da ecoeficiência, o qual possibilita a classificação das empresas. Após o cálculo e classificação das empresas por escala de desenvolvimento, observou-se que algumas delas se mantiveram na posição durante o período analisado, e outras tiveram uma variação muito expressiva entre os anos de 2018 e 2020.
Os resultados indicaram que as empresas do setor de química básica, petróleo e gás foram as que apresentaram a menor ecoeficiência, enquanto as do setor de serviços médicos e hospitalares, serviços diversos e vestuário foram as que apresentaram a maior ecoeficiência. Observou-se também que, empresas que investiram em ações para redução ou compensação também tiveram um impacto positivo em sua ecoeficiência. Deste modo, conclui-se que o Valor Adicionado e a emissão de GEE possuem relação direta para avaliar e classificar a riqueza gerada pelas empresas.
B3. (2021). Índice Carbono Eficiente – ICO2 B3. Disponível em: . Acesso em: 17 out. 2021. Sousa, F. S. & Zucco, A. (2020). Indicador de desenvolvimento de ecoeficiência das empresas listadas no índice de carbono eficiente da bolsa de valores, mercadorias e futuros de São Paulo. Brazilian Journal of Business, 2(2), 1115-1139.