Resumo

Título do Artigo

INOVAÇÃO, ECONOMIA CIRCULAR E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA ECONOMIA DE BAIXO CARBONO E PERFORMANCE DAS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS
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Tema

Inovação para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Eliana Andréa Severo
Universidade Federal de Pernambuco - Centro de Ciências Socias Aplicadas, Departamento de Ciências Administrativas Responsável pela submissão
2 - Julio Cesar Ferro de Guimarães
- Universidade Federal de Pernanbuco, Mestrado Profissional em Administração (MPAdm/UFPE)

Reumo

As organizações contribuem para o desenvolvimento econômico da região e do país, pois desenvolvem inovações de produtos e processos que visam atender as necessidades dos consumidores. Entretanto, perante a pandemia do COVID-19, e problemática ambiental enfrentada no novo milênio, as empresas necessitam mudar a forma de atuação no mercado, buscando diminuir os impactos ambientais adversos, podendo utilizar práticas de economia circular (EC), desenvolvimento sustentável (DS) e economia de baixo carbono (EBC) visando a performance organizacional (PO) e a sustentabilidade do planeta.
O estudo é norteado pela seguinte questão de pesquisa: qual a influência da inovação produto e processo (INP/INS), EC e DS sobre a EBC na performance das organizações Brasileiras? Para tanto, o estudo tem como objetivo analisar as relações entre a INP/INS, EC e DS sobre a EBC na performance das organizações Brasileiras. Coerentemente, elaborou-se 4 Hipóteses de pesquisa, as quais foram testadas posteriormente.
Conforme Colombo, Pansera e Owen (2019), nos últimos anos, a busca de caminhos inovadores em direção a sustentabilidade foi trazida à vanguarda das configurações da agenda internacional. Para Scalabrino, Navarrete Salvador e Oliva Martínez (2022), a evolução para uma economia circular e de baixo carbono poderia ser acelerada se mais profissionais adotassem as implicações práticas de termos de educação para o desenvolvimento sustentável. Assim, a dinâmica de distintos aspectos do ambiente operacional e de negócios influencia efetivamente a performance das organizações (GHASEMAGHAEI, 2018).
A metodologia utilizada tratou-se de uma pesquisa quantitativa de natureza descritiva, do tipo survey. No que tange a amostra esta classifica-se como não probabilística, por conveniência (Hair Jr. et al., 2013), aplicada a 1.188 empresas do Brasil, por meio de questionários aos gestores (gerentes, coordenadores e diretores) de empresas de diferentes setores e portes de atuação. Para a análise e interpretação dos dados utilizou-se a análise multivariada de dados, por meio da estatística descritiva, análise fatorial exploratória e modelagem de equação estrutural.
Os resultados de Standardized Estimate indicam que a H1 INP -> ECB apresenta uma alta intensidade de influência (?0,5), a H2 EC ->ECB com intensidade moderada (>0,3e<0,5) e a H3 DS ->ECB com baixa intensidade (<3). Destaca-se que a H4 ECB->PO apresentou moderada intensidade (>0,3e<0,5) de influência. Portanto, as hipóteses H1, H2, H3 e H4 foram confirmadas. No que se refere as contribuições da pesquisa, destaca-se a identificação dos antecessores (INP/INS, EC e DS) da ECB que influenciam significativamente a PO.
As contribuições gerenciais estão relacionadas a identificação dos antecessores (INP/INS, EC e DS) da ECB que influenciam significativamente a PO, e que podem ser levados para as decisões gerenciais, visando a competitividade organizacional e o desenvolvimento de tecnologias que permitam reduzir o impacto ambiental, assim como diminuir a emissão de GEE, que tem influência no aquecimento do planeta. As contribuições acadêmicas estão atreladas ao desenvolvimento e validação de 2 escalas (EC e EBC), bem como na disponibilização de um Framework de análise com o modelo de mensuração e estrutural.
COLOMBO, L. A.; PANSERA, M.; OWEN, R. The discourse of eco-innovation in the European Union: An analysis of the Eco-Innovation Action Plan and Horizon 2020. Journal of Cleaner Production, v. 214, p. 653-665, 2019. SCALABRINO, C.; NAVARRETE SALVADOR, A.; OLIVA MARTÍNEZ, J. M. A theoretical framework to address education for sustainability for an earlier transition to a just, low carbon and circular economy. Environmental Education Research, v. 28, n. 5, p. 735-766, 2022.