Resumo

Título do Artigo

JARDIM DE CHUVA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
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Tema

Cidades Sustentáveis e Inteligentes

Autores

Nome
1 - Aislan Cazéli do Calvario
Faculdades Integradas de Aracruz - FAACZ - Aracruz Responsável pela submissão
2 - Mariângela Dutra de Oliveira
-

Reumo

Na formação e expansão das cidades, ocorre a impermeabilização das superfícies, ocasionando perda da capacidade natural de drenagem das águas de chuva por meio de infiltração nos solos. Sendo assim se faz necessário a utilização de sistemas artificiais de drenagem, que tem se mostrado insuficiente, resultando em cenários de alagamentos e cheias urbanas. Uma forma de amenizar esses impactos é fazer a utilização de sistemas ambientais de drenagem na fonte, característica do jardim de chuva e para conhecer melhor esse dispositivo é ideal que se faça uma Revisão Sistemática da Literatura – RSL.
Diante do exposto, identificou-se a falta de uma base bibliográfica organizada que forneça informações que permitam o desenvolvimento de projetos e execução de jardins de chuva, sendo utilizado como dispositivos de drenagem na fonte. Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar publicações em formato de artigo sobre jardim de chuva, identificando parâmetros e condições de implantação e operação que poderão subsidiar políticas públicas e a elaboração de uma norma técnica sobre o tema.
O sistema de drenagem convencional objetiva escoar de maneira rápida as águas de chuva para à jusante do meio urbano (REIS; ILHA, 2014), fazendo uso de pontos de captação e redes tubulares (BATTEMARCO et. al., 2018). Trata-se de um sistema amplamente utilizado, mas que se mostra insuficiente quando sob intensa chuva, contribuindo para o surgimento de inundações. Uma resposta para essa situação, que vem sendo alvo de estudos e considerações é o sistema de drenagem que faz parte do conceito ambientalista, onde se encontra o jardim de chuva.
Para o desenvolvimento desta RSL foi utilizada a metodologia proposta por Okoli (2019), iniciando-se pela definição e identificação do objetivo da pesquisa. Em seguida, na fase de elaboração de protocolo, foi definido a plataforma de busca; os descritores; operadores; tipo de material; idioma; período de publicação e; procedimento para seleção prática. Em seguida foi feito a busca bibliográfica; extração de dados; seleção prática em duas etapas, uma com leitura de título e resumo e outra com leitura completa do artigo; identificação dos artigos e a escrita da revisão.
Quanto a parâmetros hidráulicos, na análise dos resultados observa-se variação de taxas de infiltração, com a predominância de 6,35mm/h; variação das espessuras do solo, entre 15,20cm e 78cm; a composição dos solos e; taxas percentuais da área de contribuição onde se recomenda em trabalhar em até 20%. É apontado que os jardins de chuva devem passar por remoção de sólido entre 15 e 34 meses para evitar entupimento. As vegetações contribuem melhor para a escoação das águas por meio de infiltração do que por meio de evapotranspiração, que apresenta taxa de 0,32%.
Esta RSL dedicou-se a apresentar publicações em formato de artigo sobre jardim de chuva, para identificação de parâmetros e condições de implantação e operação que subsidiem políticas públicas e a elaboração de uma norma técnica sobre o tema. A bibliografia selecionada aponta estudos que contemplam parâmetros hidráulicos, tipo de vegetação e eficiência na retenção de sedimentos. Nestes artigos faltou o protagonismo de jardins de chuva em pequenas escalas e; não se abordou os níveis de lençol freático, tipos de vegetação para áreas secas e indicadores de eficiência, identificando lacunas.
BATTEMARCO, Bruna Peres et al. Sistemas de espaços livres e drenagem urbana: um exemplo de integração entre o manejo sustentável de águas pluviais e o planejamento urbano. Paisagem e Ambiente, n. 42, p. 55-74, 2018. OKOLI, Chitu et al. Guia para realizar uma Revisão Sistemática de Literatura. EAD em Foco, v. 9, n. 1, 2019. REIS, Ricardo Prado Abreu; ILHA, Marina Sangoi de Oliveira. Comparação de desempenho hidrológico de sistemas de infiltração de água de chuva: poço de infiltração e jardim de chuva. Ambiente Construído, v. 14, p. 79-90, 2014.