Resumo

Título do Artigo

IGARAPÉS DE PLÁSTICO: IMPACTO DO DESCARTE INCORRETO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS EM MANAUS-AM
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Tema

Políticas Públicas para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Dra. Michele Lins Aracaty e Silva
Universidade Federal do Amazonas - Departamento de Economia e Análise Responsável pela submissão

Reumo

A urbanização em grandes centros bem como o descarte incorreto dos resíduos sólidos contribuem ainda mais para o distanciamento das populações mais vulneráveis do tão almejado bem-estar social. O impacto do descarte incorreto dos resíduos nos igarapés de Manaus são inúmeros e afetam a população, a economia e o meio ambiente e constituem num problema que vem ganhando proporções a cada ano. Tais impactos vão deste a poluição da água, doenças, assoreamento dos canais, poluição do ar e do solo e contribuem para agravar o efeito estufa.
Problema: Levando-se em consideração a realidade observada acerca do descarte incorreto dos resíduos nos igarapés de Manaus, surge a seguinte problemática: quais os principais impactos causados pelo descarte dos resíduos nos igarapés de Manaus? Objetivos: discutir o impacto causado pelo descarte incorreto dos resíduos sólidos nos igarapés de Manaus; apresentar a realidade urbano-industrial da capital do Amazonas em relação ao contingente populacional; apresentar as principais ações da prefeitura para combater o descarte incorreto dos resíduos e cidades inteligente e sustentáveis e ODS 11.
Pautamos a discussão nos princípios da sustentabilidade e a na PNRS (12.305/10) que norteiam a necessidade de se buscar uma solução para os resíduos sólidos urbanos. Posteriormente, realizamos uma abordagem acerca das características da capital do Amazonas, a urbanização, a industrialização e o aumento populacional. Após, discutimos a temática das cidades inteligentes e sustentáveis com base na Agenda 2030 (ODS 11), que visa preparar ou adaptar as cidades cada vez urbanizadas para os desafios do Século XXI, mudanças climáticas, proteção ambiental e concentração populacional.
Quanto ao percurso metodológico, usado para atingir o objetivo estabelecido, fez-se uso de pesquisa bibliográfica, documental e exploratória como meio de investigação, a partir de fontes secundárias, de publicações impressas ou disponíveis na internet. Pautou-se também em pesquisa de natureza qualitativa a partir da base teórica, optando por apoiar-se também na pesquisa do tipo descritiva para atender à análise de conteúdo.
Entre os principais impactos, destacamos: a formação de ilhas de resíduos, impactos sobre a fauna e flora, extinção dos rios e nascentes, favorecimento e proliferação de insetos, doenças (dengue, zica, chincungunha), impactos sobre o lençol freático, praias, balneários, águas impróprias para o consumo e uso bem como o colapso do sistema ocasionando o seu desequilíbrio. Com relação ao impacto econômico, vimos que o custo anual para a retirada dos resíduos descartados indevidamente nos igarapés é de 1 milhão de reais e constitui uma ação sem fim pois não se traduz em efeitos concretos.
Torna-se relevante uma política pública séria e eficiente de forma a destinar estes resíduos para serem separados e gerar emprego e renda verdes com foco num mercado pouco explorado pela capital do Amazonas. E como vimos, o impacto do descarte incorreto dos resíduos nos igarapés são inúmeros e afetam a população, a economia e o meio ambiente e constitui num problema que vem ganhando proporções a cada ano. Tais impactos vão deste a poluição da água, assoreamento dos canais, poluição do ar e do solo e contribuem para agravar o efeito estufa.
ANTUNES, J. Lixo retirado dos igarapés em Manaus no primeiro semestre do ano chega a quase três mil toneladas. Jornal Em Tempo. Jul. 2015. Disponível em: https://emtempo.com.br. Acesso em: 01 set 2022. GIL, G. L.; SILVA, S. T. Política de Saneamento Básico no Município de Manaus: Desafio e Perspectivas. Anais do XVIII Congresso Nacional do CONPEDI, SP – São Paulo, nov. 2009. PEREIRA, U; COSTA, R. Impactos dos Resíduos Sólidos Urbanos de Manaus – AM. XVIII ENG. 2016. Disponível em: www.eng2016.agb.org.br/resources/anais/7/1468286313_arquivo_artigo-eng-2016.pdf. Acesso em: 05 set 2022.