Resumo

Título do Artigo

CAPACIDADES TECNOLÓGICAS DE STARTUPS CLEANTECHS E P&D DE ECOINOVAÇÕES EM ENERGIAS RENOVÁVEIS
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Tema

Empreendedorismo Sustentável e Negócios de Impacto

Autores

Nome
1 - André Takeci Iamamoto
Universidade Positivo - Ecoville
2 - Franciany Cristiny Venâncio Dugonski
- Ecoville Responsável pela submissão
3 - Cleonir Tumelero
Universidade Positivo - Business School

Reumo

Devido às crescentes preocupações ambientais, emerge um novo paradigma tecnológico, das ecoinovações. Ecoinovações focam na redução dos impactos ambientais negativos e a utilização mais eficiente dos recursos e energia, envolvem também considerável complexidade técnica. Para superar a complexidade técnica das ecoinovações, empresas tradicionais podem lançar mão de cooperação tecnocientífica ou inovação aberta. Há, contudo, uma nova geração de empresas nascentes, as startups, ao adicionar a preocupação ambiental aos modelos ágeis e enxutos, emergem as startups cleantechs.
Este estudo busca responder a seguinte questão de pesquisa: “Como capacidades tecnológicas de startups cleantechs e políticas públicas promovem a P&D de ecoinovações em energias renováveis?”. Para responder a pergunta de pesquisa foram definidos os seguintes objetivos de estudo: (I) Analisar a capacidade tecnológica de startups cleantechs para a P&D de ecoinovações em energias renováveis e; (II) Verificar como políticas públicas influenciam as capacidades tecnológicas de startups cleantechs para a P&D de ecoinovações em energias renováveis.
As capacidades tecnológicas são constituídas por tecnologias tangíveis, experiência intangível, e o conhecimento especializado que a empresa tem de desenvolver produtos e processos" (Cai & Li, 2018). A ecoinovação estende-se a um amplo conjunto de inovações, como, tecnologias de energias renováveis, sistemas de prevenção e, ou eliminação da poluição, equipamentos de gestão de resíduos, produtos financeiros ecológicos e a agricultura biológica (Arundel & Kemp, 2009).. Gaddy et al. (2017), definem cleantechs como empresas que comercializam tecnologias de energia limpa ou modelos empresariais.
O enfoque definido para a pesquisa foi o qualitativo. O método de pesquisa utilizado foi o estudo de casos múltiplos. A técnica de análise e tratamento dos dados foi a análise de conteúdo, com apoio do software Atlas.TI.
Os resultados evidenciaram que as startups cleantechs pesquisadas dominam capacidades tecnológicas como: conhecimentos gerados a partir de espaços criativos, conhecimentos tácitos, P&D, tecnologias físicas e tecnologias computacionais. Também indicaram a relação positiva entre o domínio de capacidades tecnológicas e o desenvolvimento de ecoinovações tecnológicas em energias renováveis. Bem como, o papel determinante que a políticas públicas verdes possuem no suporte de tais empresas, seja através do financiamento de pesquisas e desenvolvimento, programas de aceleração, incubação, etc.
É possível concluir que o setor energético está avançando para matrizes limpas de geração de energia ao passo que empresas que possuem modelos de negócios ágeis alavancam as oportunidades para tal mudança, através de ecoinovações, suporte governamental e demanda verde do mercado consumidor.
Arundel, A., & Kemp, R. (2009). Measuring Eco-Innovation, MERIT Working Papers 2009-017, United Nations University - Maastricht Economic and Social Research Institute on Innovation and Technology (MERIT). Cai, W., & Li, G. (2018). The drivers of eco-innovation and its impact on performance: Evidence from China. Journal of Cleaner Production, 176, 110-118. Gaddy, B. E., Sivaram, V., Jones, T. B., & Wayman, L. (2017). Venture capital and cleantech: The wrong model for energy innovation. Energy Policy, 102, 385-395..