1 - Rodrigo Martins Baptista Universidade Presbiteriana Mackenzie - Engenharia de Produção
Responsável pela submissão
2 - Arthur Jacintho Moreno Universidade Presbiteriana Mackenzie - Higienópolis
3 - Bruno Akira Baba Universidade Presbiteriana Mackenzie - Higienopolis
4 - Raquel Cymrot Universidade Presbiteriana Mackenzie - Escola de Engenharia
5 - Roxana Maria Martinez Orrego Universidade Presbiteriana Mackenzie - Escola de Engenharia/Engenharia de Produção
Reumo
Estudos recentes esclarecem que as organizações estão enfrentando alta pressão das partes interessadas para adotar e implantar melhorias nos procedimentos de governança corporativa para diminuir risco relacionado aos aspectos sociais (AFSHARI; FAREL; PENG, 2018; DANSO et al., 2020). Mas para Busse (2016), a visão no desempenho financeiro parece não considerar a visão social.
Outra indicação de um movimento de desvio, foi o que Giannakis e Papadopoulos (2016) afirmaram: informações não divulgadas de problemas na cadeia relacionados aos riscos sociais em relatório de sustentabilidade. O objetivo deste artigo é identificar e compreender as ações de governança corporativa implicadas ao risco do trabalho escravo em cadeias de suprimentos de duas instituições bancárias.
Esta seção discuti a revisão da literatura sobre governança corporativa, sustentabilidade no contexto de governança corporativa, objetivo de sustentabilidade no setor bancário, gestão de risco e governança de risco no setor bancário e relatório de sustentabilidade no contexto da governança corporativa.
O estudo busca compreender como as ações de governança corporativa no contexto da gestão de risco podem refletir nas publicações do relatório de sustentabilidade. Para alcançar esse objetivo, a pesquisa optou por uma abordagem qualitativa descritiva exploratória (GODOI; BANDEIRA-DE-MELLO; SILVA, 2006). O instrumento de coleta de dados aplicado foi a identificação e separação dos relatórios de sustentabilidade e sua análise. Os dados secundários selecionados são relatórios de sustentabilidade de 2017 à 2021, de dois bancos de grande porte na capital paulista.
Após análise dos relatórios de sustentabilidade de ambos os bancos, observa-se que o banco A, em comparação com o banco B, mostra-se ser mais eficiente e possui maior responsabilidade social corporativa, de acordo com pesquisas realizadas por (SAID; ZAINUDDIN; HARON, 2009; ZAHRA, 1993). Ambos os bancos melhoraram suas políticas de transparência nos últimos anos por meio de uma comunicação voltada às partes interessadas de forma imparcial e amparadas com consultorias externas.
O resultado da pesquisa apresentou um mapa das ações de governança corporativa à luz da dimensão social na cadeia de suprimentos de dois bancos de grande porte, atuando em Brasil. Por exemplo, os bancos A e B desenvolveram um novo modelo de governança com uma identificação significativa com o mercado. Ao que parece, há um forte interesse de atender às demandas das dimensões sociais – direitos humanos, saúde e segurança (YAWAR; SEURING, 2017). As novas medidas de governança parecem atrair investidores. Entretanto, o estudo não pode afirmar do interesse social em cadeias produtivas.
AFSHARI, H.; FAREL, R.; PENG, Q. Challenges of value creation in Eco-Industrial Parks (EIPs): A stakeholder perspective for optimizing energy exchanges. Resources, Conservation and Recycling, v. 139, n. August, p. 315–325, 2018.
BUSSE, C. Doing well by doing good? The self-interest of buying firms and sustainable supply chain management. Journal of Supply Chain Management, v. 52, n. 2, p. 28–47, 2016.
DANSO, A. et al. Stakeholder integration, environmental sustainability orientation and financial performance. Journal of Business Research, v. 119, n. February, p. 652–662, 2020.