Resumo

Título do Artigo

STARTUP DO AGRONÉGOCIO: MAPA TECNOLÓGICO E PRINCIPAIS MODELOS DE NEGÓCIOS
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Tema

Operações sustentáveis e Economia Circular

Autores

Nome
1 - Paulo Henrique Bertucci Ramos
Universidade de São Paulo - USP - Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuarias (FEA/USP) Responsável pela submissão

Reumo

O sinergismo entre agricultura e pecuária, denominado agronegócio, é fator determinante no equilíbrio da balança comercial brasileira. O agronegócio apresenta números satisfatórios, diferentemente do que ocorre em outros setores econômicos, que são caracterizados por quedas constantes. Segundo o censo agropecuário do IBGE publicado em 2006 e com segunda apuração em 2012, há, no Brasil, 5.175.636 empreendimentos rurais, tota izando 333.680.037 hectares de área. Marion (2012), por sua vez aponta que com o desenvolvimento da tecnologia uma nova forma de empresa está sendo inserida no agronegocio.
Diante do apresentado, este trabalho tem como objetivo principal aproximar as startups agrícolas dos investidores anjos e aceleradoras, através da publicação de um levantamento das principais startups do agronegócio encontradas no mercado brasileiro, além de construir um mapa do mercado tecnológico da agricultura brasileira e analisar os modelos de negócio presentes nessas startups.
Conceitualmente, startup é um termo utilizado para nomear empresas recém concebidas que se encontram no início do seu desenvolvimento e validação no mercado. Geralmente são caracterizadas como inovadoras e disruptivas, apresentam riscos elevados no conceito de produtos e custo operacional relativamente baixo (RIES, 2012). As startups do agronegócio, geralmente denominadas AgTech (do inglês Agriculture Tech), são empresas que abordam uma variedade de problemas-chave enfrentados pela indústria agrícola, fornecendo soluções na forma de serviços, insights e novas formas de agricultura.
A metodologia de pesquisa para este trabalho foi baseada na técnica de estudos exploratórios, descritivos, com o suporte de levantamento bibliográfico de fontes secundárias (publicações em livros, artigos científicos de revistas eletrônicas e sites especializados) de âmbito nacional dividida em duas frentes (GRAY, 2012). A primeira frente procurou levantar as principais agtechs brasileiras, utilizando dados secundários. A obtenção destas informações foram divididos em 3 etapas 1) Identificação: busca eletrônica; 2) Rastreamento: utilização de filtros na base de dados; 3) Eligibilidade.
De acordo com o levantamento realizado, foram listadas 111 empresas com características que as configuravam inicialmente como Agtech. Tais empresas buscaram resolver uma ampla gama de problemas enfrentados pelo setor agrícola brasileiro. Das 49 empresas estudadas, 47% estavam em base de dados de incubadoras de universidades federais/estaduais, 16% em base de aceleradoras, 14,5% em base de dados gratuita sobre companhias tecnológicas, 14,5% em plataforma online que promove a conexão entre startups e investidores e 8% em base de associações da área.
Vale assinalar que os resultados obtidos nesta pesquisa demonstram que o ecossistema de startups brasileiro possui importante presença no agronegócio, assim como já ocorre em outros setores da economia. As Agtechs brasileiras apresentaram substancial diversidade de áreas de atuação e de modelos de negócio utilizados, reforçando que se trata de um movimento amplo dentro do agronegócio brasileiro.
MARION, J. C. Contabilidade rural: contabilidade agrícola, contabilidade da pecuária, imposto de renda pessoa jurídica. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2012, 296p. OSTERWALDER, A.; PIGNEUR, Y. Business model generation: A handbook for visionaries, game changers and challengers. Hoboken: John Wiley & Sons. 2010. PEDROSO, M. C., Modelo de negócios e suas aplicações em administração. 409 f. Tese (Livre-Docência) v.1, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2016. RIES, E. A Startup Enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua para