Resumo

Título do Artigo

A ADOÇÃO DE CONSULTAS MÉDICAS “ONLINE” NO ESTADO DO PARÁ
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Tema

Estratégia para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Francisco Josa Coutinho Da Silva
Esalq/ USP- ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ - Esalq
2 - Paulo Henrique Bertucci Ramos
Universidade de São Paulo - USP - Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuarias (FEA/USP) Responsável pela submissão

Reumo

A atenção primária à saúde é hoje um dos principais meios de prevenir doenças comuns não transmissíveis. Para que isso seja possível, é necessário um cuidado contínuo sob orientação de um profissional técnico adequado (Mendes, 2011). Quando comparada as demais, a Região Norte do país apresenta uma demografia médica ainda mais crítica (FMUSP, 2020). Dados coletados pelo SUS, mostram que nos estados do norte uma grande parcela dos tratamentos médicos é efetuada na forma de simples consultas, o que seria uma boa notícia, desde que a oferta de médicos seja suficiente nessa região.
Nesse contexto, a presente pesquisa se propôs a analisar a adoção de consultas médicas não tradicionais na região norte do Brasil, mais especificamente no estado do Pará. A escolha dessa localidade deu-se em virtude de sua extensão territorial e da quantidade de profissionais técnicos disponíveis para atendimentos primários e especializados. Partiu-se do pressuposto de que a adoção de consultas médicas online ou teleconsultas, se apresenta como uma modalidade de atendimento com potencial de atenuar o problema da carência de profissionais da região objeto desse estudo.
A escolha do Estado do Pará ocorreu em virtude de as atividades desenvolvidas pela empresa alvo da pesquisa e detentora da Plataforma de Consultas tratada aqui, precisarem respeitar as Resoluções 2.178/2017 e 2.217, de 27 de setembro de 2018, do CFM. A empresa responsável pela aquisição dos dados clínicos de pacientes, detinha inscrição apenas no Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará. Portanto, não foi possível coletar dados nos demais estados. Outro fator importante, foi a intenção de analisar a reação do público pesquisado sob baixa interferência de concorrência de serviços.
Na busca por respostas acerca da adoção de consultas médicas “online” no estado do Pará, é necessário supor um público que que venha a se interessar por esse serviço alternativo e, posteriormente, criar uma expectativa sobre o comportamento comum desses potenciais clientes. Nesse sentido, com base em análises espontâneas, supõem-se que indivíduos acima de 30 anos, mães com crianças de colo, que apresentam dificuldades de locomoção ou que apenas tem horários de descanso muito restritos poderia valorizar serviços que entregam suas soluções de maneira remota, é o caso da teleconsultas.
Como já salientado, os primeiros dados obtidos e analisados foram provenientes de fontes públicas como sites governamentais. A partir de dados públicos disponibilizados pelo DATASUS, foram selecionados os atendimentos efetuados pelo SUS durante o mês de dezembro de 2020 e, posteriormente, classificados por grupos de morbidade, bem como somadas as parcelas de cada grupo de doenças que poderiam ter sido tratadas através de teleconsultas. Outro ponto que merece ser destacado, para inferir sobre a adesão a solução ora em análise, é a simples cultura de compras “online” na região, a qual está assoc
presente estudo busca delimitar e demonstrar o real contexto de mercado para teleconsultas na região Norte do Brasil, mais especificamente no estado do Pará. Partindo da implementação de uma solução totalmente digitalizada, buscou-se inferir a aceitação de um público que ainda valoriza fortemente os modelos tradicionais de negócio. Como foi percebido ao longo da pesquisa, a região escolhida é um “campo aberto” para implementação de soluções inovadoras, uma vez que apresenta um relevante número de consumidores carentes de atendimento técnico especializado nas diversas áreas de saúde e de vendas