Resumo

Título do Artigo

ORGANIZAÇÕES NA SOCIEDADE DE RISCO: noções introdutórias sobre organizações sustentáveis
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Tema

Governança e Sustentabilidade em Organizações

Autores

Nome
1 - Bárbara Ivy Crema de Vasconcelos
- Cesa Responsável pela submissão

Reumo

Como apontam GEPHART et al. (2009) até meados da década de 80, predominou no discurso empresarial uma resistência a qualquer iniciativa de minimizar os impactos socioambientais decorrentes da atividade produtiva. Quanto mais a sociedade industrial afirma-se, em torno do progresso e agravamento das condições ecológicas e dos riscos, mais depressa é encoberta pela Sociedade de Risco (BECK,2010). Todavia, tanto para Mol (1995), quanto para Beck (2010) as empresas aparecem como um dos principais atores no processo tanto de produção de riscos quanto de respostas a eles.
Problema: Como as organizações contribuem e respondem aos desafios da Sociedade de Risco? Objetivo: Levando em consideração neste trabalho, dentro da gama de organizações, o foco nas empresas privadas, e das tipologias de riscos propostas por Beck (2010), o enfoque neste estudo restringe-se aos riscos ambientais e sociais. Desta forma, o texto irá apresentar inicialmente argumentos de como as empresas contribuem para a produção do risco, e em seguida entender como elas estão respondendo aos riscos produzidos, com o intuito de levantar uma crítica as respostas das empresas.
Para Beck(2010) a produção social da riqueza na modernidade é acompanhada por uma produção social do risco. Pois o processo de industrialização é indissociável do processo de riscos, dado que uma das principais consequências do desenvolvimento científico industrial é a exposição da humanidade a riscos e inúmeras modalidades de contaminação, constituindo-se assim, em ameaças para os habitantes e para o meio ambiente.
Para a construção da resposta opta se por uma abordagem qualitativa subjetiva, exploratória e descritiva.
Dentro deste viés de sustentabilidade podemos concluir que, a explosividade dos riscos de acordo com Beck (2010), implica em ser feita uma mudança tão profunda no sistema que envolve desde o cidadão comum, as próprias empresas, os diversos stakeholders, incluindo as entidades governamentais reguladoras do sistema. Mas as empresas em especial teriam que mudar o discurso, caso assumissem essa mudança, e os pontos que são levantados a partir da sociedade de risco, possuem aspectos positivos quanto limitações.
Os problemas socioambientais gerados pelas indústrias constituem um desafio complexo e multifacetado, que exige mais do que alternativas tecnológicas rígidas para sua superação. É preciso desenvolver uma nova forma de trabalho que evite a superespecialização do desenvolvimento tecnocientífico que propiciou o surgimento de características marcantes na Sociedade de Risco: a não quantificação dos efeitos reais por parte das consequências secundárias do processo de industrialização e o desenvolvimento de soluções para remediar os efeitos não desejados que surgem das decisões empresariais.
BANERJEE, S.B. Corporate Social Responsibility: The Good, the Bad and the Ugly. Critical Sociology 34(1): 51–79. 2008 BECK, U. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Ed. 34, 2010. BECK, U; HOLZER, B. Organizations in World Risk Society. Pearson 45259, 2007. BORIM-DE-SOUZA, R. ; BALBINOT, Z. ; TRAVIS, E. F. ; MUNCK, L. ; TAKAHASHI, A. R. W. Sustainable development and sustainability as study objects for comparative management theory. Cross Cultural Management , v. 22, p. 201-235, 2015. LEFF. E.Saber ambiental: sustentabilidade racionalidade, complexidade, poder. VozRJ.2009