Resumo

Título do Artigo

PERCEPÇÕES DOS STAKEHOLDERS SOBRE AS AÇÕES DE ESG: um estudo no ramo farmacêutico
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Tema

Governança e Sustentabilidade em Organizações

Autores

Nome
1 - Lísia Maria Monteiro Ferreira
Faculdade Santo Agostinho - Faculdade Santo Agostinho Responsável pela submissão
2 - Indira Gandhi Bezerra de Sousa
- Programa de Pós-Graduação em Administração

Reumo

O ESG vem ganhando espaço dentro das discussões das organizações devido às práticas de sustentabilidade. Assim a valorização de consumo que seja consciente das práticas ambientais, de governança e sociais, denominado de ESG (enviromental, social and governance). De acordo com o Forum for Sustainable and Responsible Investment- US-SIF, houve um aumento de investimentos nas práticas do ESG nos EUA e atingiu em 2020, US$ 17,1 trilhões, ou 1 em cada 3 dólares do total de ativos negociados no país e aumento do engajamento com stakeholders para o estabelecimento da cultura dentro das organizações.
Nesse contexto, considerando a lacuna prática e teórica apresentada, este artigo busca responder ao seguinte questionamento: Qual a percepção dos stakeholders de uma empresa no ramo farmacêutico quanto às ações e melhores práticas de ESG? Assim, foi desenvolvido um estudo de caso único qualitativo com o objetivo de analisar a percepção dos stakeholders de uma empresa no ramo farmacêutico quanto às ações e melhores práticas de ESG.
Devido a importância, foram criados outros movimentos em prol da sustentabilidade, como o Environmental, Social and Governance (ESG), com a finalidade de endereçar questões socioambientais. O ESG é mais amplamente utilizado no setor de investimentos, uma vez que as empresas ao utilizar de métricas sociais, ambientais e econômicas podem facilitar captação de recursos financeiros, bem como avaliação por parte de stakeholders O termo Stakeholders começou a ser discutido pelo Freeman (1984), no qual seria representado pelos empregadores, clientes, acionistas, fornecedores, credores e a sociedade.
Com objetivo de investigar o problema de pesquisa, adotou-se uma abordagem qualitativa. Essa abordagem foi escolhida por buscar compreender o fenômeno em seu ambiental natural. Nesse sentido, o investigador é o instrumento principal na captação de informações (KRIPKA et al., 2015). Como estratégia de pesquisa, realizou-se um estudo de caso do tipo único (YIN, 2015) para descrever o problema de forma criteriosa e em profundidade.
A partir desses resultados, foi possível observar que os colaboradores e clientes estão atentos as questões socioambientais, o que leva a importância da empresa em compartilhar com todos os stakeholders as ações que são realizadas periodicamente por meio de ferramentas que possibilitem a disseminação e conscientização das práticas de ESG. Além disso, é relevante que essas práticas façam parte do planejamento estratégico do negócio para que haja um aculturamento das questões socioambientais.
Com isso, os resultados permitiram fornecer pelo menos cinco contribuições teóricas para a literatura sobre o programa ESG: primeira, o principal motivo dessas práticas é financeiro, como a redução de custos; segunda, a pouca disseminação das ações com os colaboradores; terceira, pouca disseminação das ações que são voltadas aos clientes; quarta, não constatou-se ações voltadas que envolvem os stakeholders como a mídia e fornecedores; quinta, as preocupações socioambientais estão partindo principalmente dos colaboradores e os clientes.
BELINKY, A. Seu ESG é sustentável? GV-EXECUTIVO, v. 20, n. 4, p. 37- 44, 2021. BRYSON, J. M. Strategic planning for public and nonprofit organizations: A guide to strengthening and sustaining organizational achievement. John Wiley & Sons, 2018. Andersson. A Teoria dos Stakeholders no Brasil: Produção acadêmica no Período de 2014 a 2019. Revista Ibero-Americana de Estratégia (RIAE), v. 19, n. 4, p 119- 151, 2020. ECCLES, R. G.; LEE, L. E; STROEHLE, J. C. The social origins of ESG: An analysis of Innovest and KLD. Organization & Environment, v. 33, n. 4, p. 575-596, 2020.