Resumo

Título do Artigo

FEIRA DO AÇAÍ EM BELÉM DO PARÁ: feira de único produto
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Tema

Estudos da Amazônia

Autores

Nome
1 - José Luiz Nunes Fernandes
- Universidade Federal do Pará Responsável pela submissão
2 - Bárbara Ádria Oliveira Farias Fernandes
- Universidade da Amazônia- Unama

Reumo

No Norte de Brasil, no centro da cidade de Belém, existe uma espécie de “feira da madrugada” pelo fato de funcionar no horário de 00 h às 06:00 h. Essa reunião, denominada de Feira do Açaí, pertence ao complexo do mercado Ver-o-Peso. Esta localiza-se no bairro Campina e constituí o principal ponto de comercialização do açaí que chega por vias fluviais (VELOSO, 2021).
Ao estudar essas três feiras que funcionam no período de madrugada em regiões diferentes do Brasil, busca-se responder o seguinte problema norteador desta pesquisa: Quais as diferenças operacionais da Feira do Açaí em Belém do Pará em relação às feiras da madrugada existentes no Brás (SP) e Fortaleza (CE)? O objetivo proposto é de que sejam identificadas as diferenças operacionais da Feira do Açaí em Belém do Pará com respeito às da madrugada existentes no Brás (SP) e Fortaleza (CE) com o propósito de que as experiências locais positivas sejam assimiladas e as negativas sirvam de aprendizado.
2.1 Feiras da Madrugada - o espaço Discute-se, inicialmente, o espaço quando se observa que, além da coincidência de horários, essas três feiras estão localizadas em localidades urbanas centrais e históricas caracterizadas pelo declínio da atratividade turística. Neste caso, Santos (2014, p.24) desperta para o fato de que “embora assinalado por atividades quase sempre desviadas para preocupação imediatista e utilitarista, o atual período histórico encerra igualmente o germe de uma mudança de tendência.
Na busca de identificar as diferenças operacionais da Feira do Açaí em Belém do Pará em relação às feiras da madrugada existentes no Brás (SP) e Fortaleza (CE) com o propósito de que as experiências locais positivas sejam assimiladas e as negativas sirvam de aprendizados, adotou-se tipo de pesquisa que, segundo os objetivos mais gerais, Gil (2010, p. 27) classifica como exploratória e o referido autor explica: “que as pesquisas exploratórias têm como propósito proporcionar maior familiaridade com o problema”, de modo que se buscou identificar as referidas diferenças e proporcionar maior famili
A presença do Estado disciplinador inibiria as ações econômicas ilegais da Feira da Madrugada do Brás (SP) bem como poderia contribuir com a melhoria da relação capital x trabalho entre os agentes econômicos do lugar. Ademais, poderia, de outra forma, apresentar-se com o estado físico melhor conservado dos bens imóveis da Feira da Madrugada de Fortaleza e ajudar com a saúde física e mental do trabalhador-feirante da Feira do Açaí em Belém (PA). Neste sentido, Carlos, Souza e Sposito (2017, p.45) entendem que “o Estado capitalista desempenha múltiplos papéis em relação à produção do espaço. Ess
É possível distinguir que a utilização capitalista de um espaço ocioso e em horário aparentemente improdutivo é um fator positivo, porém os três espaços estudados têm pouco em comum. Salienta-se que, face o horário de funcionamento, tal modelo de atividade agregadora é denominada de feira da madrugada. Ainda, como identidade operacional-espacial comum, reforça-se que as referidas feiras estão localizadas em espaços históricos localizados em região central das cidades e sem atratividade turística de outrora.
ARANHA, A. Under cover of darkness: inside São Paulo’s vast illegal Feirinha night market. The Guardian, 28 nov. 2017. ARAÚJO, D. do. N. As perspectivas de competitividade dos batedores artesanais de açaí com selo “açaí bom”. 1º SIMPÓSIO SOBER NORTE, Belém – Pará, 22 e 23 de junho de 2017. Anais […], 2017. CARLOS, A.F.A.; SOUZA. de M.L.; SPOSITO, M.E.B. A Produção do Espaço Urbano: agentes e processos, escalas e desafios. São Paulo: Contexto, 2017.