1 - Jennifer Nogueira Feitosa Silva Universidade Federal de Mato Grosso - Gestão e Tecnologia Ambiental
Responsável pela submissão
2 - ANDERSON LUIZ UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL - Universidade Estadual de Londrina
3 - AGDA ALVES RAMALHO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS - UFR
4 - LUIS OTÁVIO BAU MACEDO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
5 - Monalisa Janaya Castelo da Silva Vasconcelos Universidade Federal de Mato Grosso - Campus de Rondonópolis
Reumo
O trabalho propõe valorar as emissões de Gases de Efeito Estufa oriundas das queimadas na Reserva Indígena Tadarimana em 2020. Trata-se de estudo de caso, sendo os dados coletados com a utilização de técnicas de geoprocessamento que propiciaram quantificar as emissões e perda de cobertura arbórea. Os resultados permitiram identificar que a Terra Indígena Tadarimana tevem 69,92% de sua área de cobertura arbórea consumida pelos incêndios, quando estimado em termos de créditos de carbono tem-se de R$ 7.788.677,03 das perdas ambientais do bioma Cerrado.
O artigo propõe mensurar em termos monetários as queimadas na Terra Indígena Tadarimana durante os meses de julho a setembro de 2020, período marcado por intensa seca e por muitos focos de queimadas na região.
Conforme Oliveira e Marquis (2002), o Cerrado é o segundo maior Bioma do Brasil, sendo um dos armazenadores de grande quantidade de carbono. além de possuir áreas demarcadas pelo Estado para a posse e ocupação dos indígenas. Uma região que tem sofrido constantemente com as queimadas, no Brasil, o uso do fogo está ligado às atividades de limpeza de áreas tanto agrícolas como florestais (REDIN et al., 2011). O problema é que essa é à principal maneira de desprender carbono da biomassa para a atmosfera; logo um problema ambiental e social grave (LARCHER, 2000).
Para melhor compreensão a pesquisa foi elaborada em duas etapas, sendo a primeira parte no tocante a intenção da pesquisa e realização do levantamento bibliográfico pertinente ao tema; e por fim, o levantamento de imagens de satélite para delineamento e compreensão sobre a dinâmica da área de estudo. A utilização dos dados georreferenciados possibilitou a verificação da composição da área e extensão da vegetação, evidenciando de maneira geral a dinâmica desse ecossistema em períodos de queimadas.
Foram apontados pelo INPE além da demarcação de dentro da reserva, incluindo as localidades próximas, foram verificados 52 focos de calor.
Multiplicando-se o valor de U$ 3,00 (valor da tonelada de carbono) pela média da cotação de 2020 do dólar comercial (5,1572) e uma densidade média de carbono de 75 tC/há, estimou-se o valor associado ao carbono emitido de R$ 1.160,25 por hectare (3,00 x 5,1572 x 75). Ao se multiplicar R$ 1.160,25 pela área de 6.712,93 hectares dimensionou-se o valor econômico de perda ambiental por emissão de Co2 de R$ 7.788.677,03.
Evidenciou-se que os incêndios na Terra Indígena Tadarimana devastou mais de 60% da cobertura arbórea, liberando mais de 500 mil toneladas de carbono na atmosfera, somente em 2020. É interessante considerar uma perspectiva distinta da comumente aceita para lidar com esse problema de cunho ambiental. Como alternativa apontada, o resultado da valoração econômica evidenciou que o potencial dos mercados de créditos de carbono é gigantesco, uma vez que o cenário internacional tem visto com bons olhos as iniciativas do carbono sociocultural.
QGIS Development Team. QGIS GeographicInformation System; 2021; Disponível em: acessado em: 01/07/2021.
LARCHER, W. Ecofisiologia vegetal. São Paulo: Ed. Pedagógica e Universitária Ltda, 2000. 320p.
NAVEGADOR EO; Sentinel, 2021, disponível em: < https://www.sentinel-hub.com/ > acessado em: 20/07/2021.
OLIVEIRA, P.S.; MARQUIS R.J. The Cerrados of Brazil. Ecology and natural history of a neotropical savanna. Columbia University Press, New York; 2002.
REDIN, M. SANTOS, G.F. PABLO, M. DENEGA, G. L. LUPATINI, M. DONEDA, A. SOUZA, E. L. Impactos da queima sobre atributos